O misterioso toque do amor romance Capítulo 412

Mesmo à distância, era possível sentir a atmosfera arrepiante que emanava de dentro do carro.

“Vamos, entre”, Cristina pediu à assistente.

Ela não queria deixar o homem esperando no carro.

“Tudo bem. Reservei um táxi. Você pode ir embora primeiro.” Rafaela abriu a porta para Cristina entrar antes de ficar longe do veículo.

A viagem de volta para casa foi marcada pelo silêncio dentro do carro.

“Você veio me buscar propositalmente?” Cristina perguntou em um tom relaxado.

“Sim. Eu estava passando por perto de qualquer maneira”, Nathan respondeu categoricamente, seus olhos ligeiramente sérios enquanto ele olhava as fotos no tablet.

Os lábios de Santiago se contraíram. Passando por perto? Nós claramente fizemos um desvio para vir aqui!

Uma atmosfera pesada rodeava o carro. O aroma de sândalo do homem misturou-se ao ar fresco, criando um ambiente encantador.

“Fiquei impressionado com o que você fez”, disse Nathan com um sorriso malicioso e olhos enigmáticos.

As bochechas de Cristina ficaram vermelhas. Seu marido estava sempre atento a tudo o que ela fazia, como se tivesse instalado um dispositivo de rastreamento em sua cabeça.

“Ela começou primeiro e até queria me bater. Eu estava apenas me protegendo”, murmurou a jovem, defendendo sua ação.

Nathan apoiou o queixo na mão, olhando casualmente para o rosto corado dela. “Fez o que era necessário. Nunca deixe ninguém pisar em você.”

Cristina arregalou os olhos, bateu no peito e o tranquilizou: “Não vou. Não se preocupe.”

Santiago ficou perplexo com a conversa. Ele acabou de elogiar a Sra. Hadley por bater em alguém? Isso é um sinal claro de que é um superprotetor.

Naquele momento, o telefone do funcionário tocou e ele atendeu.

Após uma breve pausa, o assistente se virou e informou Nathan: “Sr. Hadley, suponho que os Liuteguards me ligaram porque não conseguiram entrar em contato com você.”

“Atenda à chamada, então”, seu chefe respondeu com um olhar cortante.

Santiago atendeu e a voz sincera de Lúcio Liuteguard foi ouvida. “Sr. Taggart, gostaria de falar com o Sr. Hadley. Você poderia me fazer um favor?”

O assistente estava bem ciente da atitude de Nathan em relação à família Liuteguard. “Ele está ocupado no momento. Se tem algo a dizer, pode me informar e eu o avisarei.”

“Estou preparado para abrir mão de mais vinte por cento do nosso acordo inicial para apaziguá-lo”, propôs Lúcio.

Eles não assinaram o acordo antes porque não conseguiram chegar a um consenso sobre a distribuição dos lucros.

Desta vez, parecia que Lúcio estava genuinamente buscando a reconciliação com Nathan.

“Tudo bem. Transmitirei sua mensagem ao Sr. Hadley. Ligo para você se tiver alguma atualização.” Após falar, Santiago encerrou a ligação sem hesitar.

Cristina, que não tinha um entendimento sobre a negociação, perguntou por curiosidade: “É por minha causa que você decidiu não fazer parceria com a família Liuteguard?”

Ela se perguntou se havia arruinado a cooperação de Nathan.

De repente, uma mão pousou em sua cabeça, esfregando-a suavemente, como se estivesse acariciando um animal de estimação.

“Depende de você. Não trabalharei com eles se você ainda estiver brava”, disse Nathan calmamente.

“Não estou, e não deixe que minhas emoções influenciem sua decisão”, respondeu Cristina em tom sério enquanto balançava a cabeça.

Ela já havia desabafado suas queixas sobre Rosângela antes.

Além disso, ela se recusou a deixar um estranho tirar o melhor dela.

Nathan permaneceu em silêncio e puxou-a para mais perto de seu peito.

Eles ficaram abraçados enquanto voltavam para a Mansão Jardim Panorâmico.

Quando o carro parou, Cristina já havia caído em um sono profundo nos braços de seu marido. Sem saber quando tirou os saltos altos, ela se enrolou como uma gatinha, exalando um charme adorável.

Ao invés de acordá-la, Nathan carregou-a nos braços e saiu do veículo.

O mordomo saiu para cumprimentá-los quando ouviu o som do lado de fora da mansão. “Bem-vindo de volta, Sr. Hadley. Você já jantou? E isso é...”

Nathan respondeu em silêncio, lançando um olhar penetrante ao funcionário. Quando ele se tornou tão intrometido?

Naquele momento, tudo o que ela conseguia lembrar era a presença imponente daquela respiração que gradualmente a dominava.

No dia seguinte, Cristina apareceu no escritório na hora certa.

Rafaela correu em sua direção, segurando o telefone como se tivesse ganhado na loteria. “Dê uma olhada nisso!”

Cristina pegou o telefone e leu o texto na tela.

Rosângela escreveu um artigo de desculpas, que foi compartilhado em várias plataformas de mídia social na noite anterior. Ela também foi além ao gravar um vídeo pessoal se desculpando.

Cristina tinha, de fato, considerado o assunto resolvido desde que desferiu o tapa. Alguém deve tê-la pressionado a fazer isso.

“Não perca seu tempo com essas notícias dos tabloides. Volte para o trabalho.” A designer devolveu o telefone e foi direto para o escritório.

À medida que o meio-dia se aproximava, Derek convidou Cristina para almoçar por telefone antes de ir à loja física para verificar o andamento da reforma.

“Já tenho planos para o almoço. Irei direto para a loja para verificar a situação mais tarde”, respondeu a jovem calmamente.

“Tudo bem então.” Derek encerrou prontamente a ligação.

Cristina não tinha planos de almoçar com ninguém. Ela optou por uma refeição simples em seu escritório antes de sair.

A primeira loja física estava localizada em um shopping da Corporação Hadley.

O local localizava-se no terceiro andar, partilhando o mesmo espaço com diversas marcas de prestígio.

Quando Cristina chegou, percebeu que vários trabalhadores estavam ocupados instalando luzes na loja. As restantes áreas foram mobiliadas conforme o plano de projeto.

“Então, o que acha? Você está satisfeita com o progresso?”, perguntou Derek com um sorriso.

Cristina não sorriu de volta, mas seu tom era alegre quando respondeu: “Nada mal. É exatamente como eu esperava.”

“Vamos entrar e dar uma olhada mais de perto, certo?” Derek deu um passo para o lado, gesticulando para ela entrar.