O misterioso toque do amor romance Capítulo 428

Cristina acompanhou Francis ao evento apenas como uma formalidade. Ela deixou o local pouco depois de entrar.

Ela só percebeu que já era quase dez da noite quando estava a caminho de casa.

Ela discou rapidamente o número de Nathan, mas não houve resposta. Ela suspirou profundamente antes de voltar para a mansão Jardim Panorâmico.

As luzes na sala de estar estavam apagadas. O lugar estava tão silencioso que dava para ouvir um alfinete cair. No entanto, havia uma pressão avassaladora emanando do ambiente.

Cristina deu um pulo de susto ao ver a figura alta sentada no sofá. “Por que você não acendeu as luzes?”

Imediatamente, ela notou que Nathan estava zangado quando as luzes foram acesas. Seu olhar era assustador. Até parecia um predador esperando para atacar.

Nathan estreitou os olhos e perguntou: “Você estava linda com maquiagem. Por que a removeu?”

A maquiagem...

Cristina saiu após aparecer por formalidade. Antes de ir para casa, removeu a maquiagem e trocou de roupa.

Engolindo em seco, ela explicou: “Por favor, não entenda mal. Eu só o acompanhei por obrigação. Tentei te ligar a caminho de casa, mas você não atendeu.”

A aura de Nathan era aterradora, fazendo-a suar frio.

Ele se levantou e se aproximou. “É seu trabalho acompanhar Francis?”

Com uma voz autoritária e olhos avermelhados de raiva, era evidente que ele estava furioso. Apenas a sua aura era o suficiente para causar em Cristina uma forte sensação de sufocamento.

Nathan envolveu as mãos em volta do pescoço dela e apertou com pressão suficiente para que não sufocasse. “Eu estava te esperando, mas você estava com Francis.”

Aquilo era algo que ele não podia aceitar.

Ele odiava que outras pessoas tocassem em suas coisas. Odiava especialmente quando Francis era o responsável por isso.

“Eu estava trabalhando. Se não viesse, você não saberia voltar sozinho? Você é est*pido?” Cristina nunca esperou que ele fosse tão paciente.

“Você não vai voltar a ser como era, não importa o quanto me adapte ou tente te agradar?”, Nathan perguntou com a voz levemente trêmula.

Ele não queria a versão que tinha diante de si. Ela era fria e sem emoção e ele não conseguia entender o que ela estava pensando. Ele queria que ela voltasse à versão dela mesma que era gentil e agia de forma fofa em seus braços.

Cristina sentiu seu coração se quebrar ao ouvir isso. “Você estava se adaptando a mim? Você estava tentando me agradar?”

Ele estava apenas escondendo temporariamente sua verdadeira natureza. Se surgisse um problema, voltaria ao seu eu habitual, irracional e possessivo.

Cristina afastou suas mãos e tossiu. “Não seja todo carinhoso comigo. O que tem no arquivo no seu escritório? Que segredos está escondendo de mim? Por que não conversa comigo?”

Os segredos no meu escritório... Nathan arregalou os olhos. Ela os viu?

Ambos estavam tomados pela raiva e Nathan disse friamente: “Você vai se arrepender de me irritar.”

Com isso, virou as costas e saiu pela porta. Alguns momentos depois, o som de um carro saindo pôde ser ouvido do lado de fora.

Foi só após ele sair que Cristina finalmente relaxou. Parecia que toda a energia tinha deixado seu corpo, ela tropeçou para trás com seus joelhos fracos fingido ser forte.

Talvez suas emoções estivessem instáveis, já que acordou cedo no dia seguinte.

Ela se lavou e trocou de roupa antes de levar Leandro e Camile para a escola.

As duas crianças estavam no banco de trás do carro. Elas olhavam para a mãe pelo retrovisor e notaram sua expressão abatida. Curioso, Leandro perguntou: “Mamãe, você discutiu com o papai?”

Cristina se tensionou. Será que fizemos muito barulho na sala de estar ontem à noite? Será que as crianças nos ouviram?

Ela não queria que assuntos familiares afetassem as crianças. Ela se repreendeu interiormente antes de sorrir e dizer: “Não, não discutimos.”

Camile perguntou ingenuamente: “Por que seu pescoço está vermelho?”

Cristina estendeu a mão para ajustar o espelho retrovisor para que pudesse se ver. Só então notou as marcas vermelhas de mão em volta do pescoço. Ela não esperava que ficasse marcado.

Ela tocou o pescoço culpada antes de explicar: “Acabei arranhando acidentalmente.”

As crianças trocaram olhares. Se mamãe não quer nos contar, não adianta continuarmos perguntando.

No entanto, as crianças tinham certeza que a mãe não tinha se arranhado. As marcas eram longas. Parecia marca das mãos do papai.

Ela deu uma olhada no batom. Não é esse o batom que me chamou a atenção ontem à noite? Ela soube imediatamente quem enviou o batom.