O misterioso toque do amor romance Capítulo 452

A luz da manhã entrou no ambiente. Nathan acordou no saguão. Ele havia tirado o paletó e estava só com a camisa fina que acentuava os músculos de seu abdômen bem definidos.

Estava com dor de cabeça por causa da ressaca. Ele se sentou e balançou a cabeça suavemente.

Vim aqui ontem à noite?

Lembrou-se de ter ligado várias vezes para Cristina, mas ela não atendeu. Nathan sentiu-se frustrado.

Ele entrou no banheiro para tomar banho e vestiu um terno novo. Penteou o cabelo curto para trás, revelando os belos traços de seu rosto e saiu depois de colocar a gravata.

O escritório estava arrumado e o cheiro do aromatizador permanecia no ar.

Santiago entrou com um arquivo em uma mão e café na outra. Ele os colocou na mesa. “Sr. Hadley, há uma reunião em quinze minutos.”

Acenando levemente com a cabeça, Nathan sentou-se e tomou seu café de maneira elegante.

Ele se sentiu muito melhor depois de forrar o estômago vazio.

Santiago relatava o horário de trabalho do dia quando o ruído da porta se abrindo o cortou. “Sra. Hadley...”

Cristina entrou, sua expressão mais séria do que o habitual. “Vou ser rápida, para não perder seu tempo.”

Ela caminhou até o marido e jogou o documento impresso que trouxe na frente dele. “Assine!”

As palavras “Acordo de Divórcio” em negrito podiam ser lidas na sala bem iluminada.

Santiago, que estava ao lado, viu.

Ah, não! A Sra. Hadley resolveu pedir o divórcio bem agora. E quem vai sofrer com o mau humor do Sr. Hadley serei eu.

“Sr. Hadley, não vou interrompê-los. Eu vou... voltar ao trabalho.” Santiago mal podia esperar para deixar o local.

O escritório estava tão quieto que nem mesmo o som da respiração podia ser ouvido quando a porta se fechou.

A expressão de Nathan ficou séria e ele fixou os olhos na esposa. “Acha divertido me chantagear sem parar com essa história de divórcio?”

Cristina achou o comentário ridículo. Como sou eu quem está chantageando quando ele e Melissa é que estavam fazendo juras de amor um ao outro? Vou deixá-los ter o que querem.

As palavras de Melissa da noite passada ainda ecoavam em seus ouvidos.

Ela estreitou os olhos, desprovidos de emoções. “Não estou. Eu quero mesmo o divórcio toda vez que o menciono.”

Ela está falando sério?

Nathan nunca foi ameaçado tantas vezes em sua vida.

Ele levantou-se. Sua figura forte se moveu em direção a Cristina com imponência. “Já pensou com cuidado?”, pronunciou o homem entredentes.

A intensidade de seu comportamento surpreendeu Cristina por um momento, mas ela não estava com medo e disse com firmeza: “Já me decidi há muito tempo.”

Nathan ergueu os braços robustos e segurou seus pulsos com firmeza.

Ele não usou muita força, mas foi o suficiente para mantê-la no lugar. Nathan respondeu com frieza: “Não pense que eu não faria isso!”

Cristina encontrou seu olhar penetrante. Sua raiva era como chamas tentando reduzi-la a cinzas.

Apesar de seu medo e raiva, não tinha motivos para recuar. “Eu gostaria que você assinasse os papéis.”

Nathan não esperava que ela estivesse tão determinada e inabalável em sua decisão.

Ele assentiu de modo autodepreciativo. “Há muitos detalhes em um acordo de divórcio. Vou pedir ao advogado que repasse cada um com você, um por um.”

“Não precisa. Não quero mais nada além dos meus filhos. Vou embora sem levar um único centavo”, afirmou Cristina com calma, como se já tivesse pensado em todas as respostas possíveis.

Quanto mais determinada ela parecia, mais irritado Nathan se sentia.

Você está mesmo tão desesperada pelo divórcio, Cristina? Não vou deixar que faça o que bem quer.

Parecia ter perdido todas as suas forças. Ela passou os braços em volta dos ombros e a melancolia encheu seus olhos. Tenho de dar um jeito nos meus sentimentos.

Enquanto dirigia, a mulher perguntou: “Leandro, Camile, vocês não conhecem seu avô e sua bisavó. Querem conhecê-los?”

Era a primeira vez que as duas crianças ouviram falar de seus avós biológicos, e seus olhos se arregalaram de entusiasmo. “Sim! Queremos!”

“Todas as outras crianças têm avós. Também queremos brincar com os nossos avós!”, acrescentou Camile com expectativa.

Cristina não esperava que as duas crianças ficassem tão animadas e continuou: “Certo, mas seus avós moram em Hallsbay. Por que não viajamos para lá, já que as férias de verão estão se aproximando?” Isto é bom. Será mais fácil para eles.

Leandro e Camile quase se levantaram, animados. “Sim! Queremos ir!”

Cristina não esperava que as coisas corressem tão bem e seu humor melhorou bastante. “Vamos para casa jantar primeiro, vamos brincar um pouco e depois vou cuidar disso.”

Quando chegaram, as duas crianças guardaram as mochilas escolares obedientemente e foram tomar banho.

Cristina preparou o jantar e pôs a mesa. As duas crianças sentaram-se à mesa assim que sentiram o cheiro da comida.

Cristina serviu-lhes macarrão. Leandro agradeceu e devorou a comida.

Camile comeu tão rápido quanto seu irmão.

Cristina temia que eles se engasgassem por comerem tão rápido. “Comam devagar. Senão vão se engasgar.”

“Mãe, sua comida é tão deliciosa. A comida da escola tem um gosto terrível”, explicou Leandro.

Camile concordou com a cabeça e imitou num tom adulto. “Sem dúvida, é assim que se nota a diferença. Tudo o resto é ruim depois de comer a comida da mamãe.”

Cristina sorriu com os elogios.

Depois do jantar, Cristina lavou a louça e colocou as crianças na cama.

Antes que a mulher percebesse, três dias se passaram enquanto ela vivia a vida ao máximo.