O misterioso toque do amor romance Capítulo 455

Cristina sorriu sem jeito. Não me esqueci, mas nunca foi meu plano contar para ele, está bem?

Depois de formular uma resposta, ela explicou: “O pai de vocês precisa trabalhar, então ele não pode ir conosco!”

As crianças cruzaram os braços e olharam para ela com suspeita.

Camile fez beicinho. “Você não quer trazer o papai junto!”

“Mentir é feio, mãe!”, acrescentou Leandro.

O fingimento de Cristina ficou mais desajeitado na frente de seus filhos. “Claro que não. Não é como se fôssemos ficar lá por muito tempo, são apenas férias.”

Seu raciocínio convenceu as crianças.

Eles assentiram, embora não entendessem direito a situação. “Vamos voltar quando as férias de verão terminarem?”

“Claro que sim! Quando menti para vocês?” Cristina fez cafuné em suas cabeças.

Antes que as crianças respondessem, carregou-as para o quarto. “Durmam bem, ok? Partimos amanhã!”

Camile e Leandro assentiram obedientemente. “Boa noite, mãe!”

“Boa noite.” Cristina beijou suas testas e saiu do quarto.

Ela continuou arrumando suas coisas, embora não houvesse muito o que fazer.

Uma vez que concluiu, deitou-se no sofá e examinou o apartamento em silêncio. Mesmo que Nathan não esteja aqui, ainda posso ver vestígios dele por todo o lado.

Nathan, por sua vez, voltou a sofrer com a insônia e não dormia bem nos últimos dois dias. Depois de engolir um comprimido, ele dormiu.

O celular em sua mesa de cabeceira vibrou; acabava de receber uma mensagem de Camile: Vamos te deixar para sempre, pai.

...

Na manhã seguinte, a luz do sol caiu sobre Cristina, acordando-a. Ela não percebeu que tinha adormecido no sofá.

Quando se levantou, preparou um café da manhã simples, colocou um vestido rosa e amarrou o cabelo, tornando seu semblante ainda mais bonito.

Depois que os três terminaram o café da manhã, Cristina pegou as bagagens. “Vamos, hora de ir!”

Assim que ela chegou à entrada e abriu a porta, viu uma figura imponente bloqueando seu caminho.

Cristina ergueu os olhos e viu a carranca terrível e intensa de Nathan. Seu sangue gelou, e ela ficou paralisada.

“O que está fazendo aqui?”, perguntou ela atordoada.

Nathan mostrou-lhe a mensagem que Camile lhe enviara. “Você está tentando machucar as crianças?”

Depois que Cristina leu a mensagem de texto, suas pálpebras se contraíram. Não imaginei que iam me denunciar!

Ela conteve a raiva e perguntou: “Por que você enviou essa mensagem, Camile?”

Camile colocou a língua para fora e explicou: “Não vamos passar as férias em Hallsbay, mãe? Férias duram muito tempo, e o minha professora disse que ‘muito tempo’ também pode ser expresso como ‘para sempre’.”

As palavras da menina deixaram Cristina pasma.

Nathan entrou na sala e pegou as crianças no colo. “Que tal vocês comprarem presentes com o meu assistente, hein?”

Será que ela acha que eu vou acreditar nessa mentira? Nathan levantou a mão e segurou seu queixo. Como um predador, olhou-a como se ela fosse uma presa que ele devoraria por inteiro. “Acha que pode esconder a verdade de mim, Cristina? Está ansiosa para se divorciar de mim para poder voltar para os Gibson. Estou certo?”

Cristina odiava a sensação de falta controle e franziu as sobrancelhas. “Me solta. Sou da família Gibson. Além disso, por que devo pedir sua permissão para ir a qualquer lugar que eu queira?” Não sou um objeto em exposição que deve aceitar comentários do público!

Nathan ofegou de forma encantadora. “Não é uma má ideia. Aceito sua sugestão.”

Sem demora, colocou Cristina no ombro e caminhou até a entrada.

“Me solta, seu idi*ta!” Ela golpeou as costas dele de modo implacável.

Mas, para ele, só parecia uma forma um pouco mais forte de massagem.

Ao sair do apartamento, ele entrou no elevador.

Cristina ainda lutava para escapar, não queria reviver um pesadelo. Meu coração parece estar suspenso no ar, e não faço ideia de quando vai cair no chão e partir-se.

Quanto mais pensava nisso, maior se tornava o seu desespero. Não! Não quero voltar a ficar presa!

Então, a porta do elevador se abriu. Nathan entrou e apertou o botão para o primeiro subsolo.

Cristina lutou ainda mais. Pouco antes de a porta se fechar, ela mordeu a orelha dele sem hesitar.

Nathan gemeu e cobriu a orelha por reflexo. Aproveitando a oportunidade, Cristina saltou de seu ombro e saiu correndo do elevador.

No momento em que a porta se fechou e ele voltou a si, estava sozinho.

Quando o elevador desceu, uma expressão gélida caiu sobre seu semblante assustador. Ele apertou os punhos com tanta força que os nós dos dedos estalaram. Cristina!

Cristina prendeu a respiração e correu para a escada de emergência. Enquanto descia, ligou para a avó. “Vó, vem me buscar!”

Quando Azure ouviu a voz ansiosa de sua neta, sua expressão enrijeceu. “Onde você está, Cristina? Estarei aí imediatamente!”