O misterioso toque do amor romance Capítulo 743

Assim que Barnabé ouviu a proposta, Azure, aterrorizada, segurou a manga dele com um olhar suplicante. “Por favor, não aceite isso”, implorou ela.

Furioso, o homem afastou-a com brusquidão e respondeu arrogantemente: “Sra. Hadley, faremos do seu jeito, então.”

“Não!”, exclamou Azure, chamando a atenção de todos. “Fazer seus filhos se desculparem comigo não vai apagar toda a má reputação que já estou enfrentando. Você não acha que está sendo injusta ao fazer essa exigência?”

Naquele momento, Barnabé desejou poder calar Azure. Ele interveio rapidamente para evitar que ela causasse mais problemas. “Ora, se não temos nada a esconder, não há motivo para temer. E não há necessidade de Azure se envolver em algo tão trivial. Acredito que os Hadley ainda mantêm sua credibilidade.”

O semblante de Azure demonstrava dor ao ouvir isso. Era evidente que Barnabé estava tomando as rédeas da situação, ignorando as opiniões dela.

“A investigação levará algum tempo. Tenho outras questões para tratar, então irei me retirar. Por favor, mantenha-me informado sobre os resultados, Sra. Hadley”, solicitou o idoso. “Enquanto isso, ela virá comigo, já que ainda não há evidências concretas.”

Isso era o máximo de respeito que Barnabé estava disposto a oferecer à família Hadley.

“Se vai levá-la, espero que ao menos mantenha sua palavra”, comentou Nathan.

Barnabé bufou. “Não se preocupe, Sr. Hadley. Vocês terão tudo conforme o combinado.”

Dito isso, ele partiu levando Azure consigo.

Nathan sinalizou discretamente para Santiago, que usou um lenço para absorver o vinho derramado no chão, colocando o tecido em um saco plástico e delegando a tarefa de enviá-lo para análise.

Com isso, o desagradável incidente foi encerrado.

“Tudo isso é culpa minha”, lamentou César, assumindo a responsabilidade. “Eles não teriam vindo causar problemas se eu não tivesse passado tanto tempo ao telefone lá fora. Graças a Deus que Leandro e Camile perceberam os esquemas de Azure a tempo. Nem quero imaginar o que poderia ter acontecido.”

A ideia das possíveis consequências fez um calafrio percorrer sua espinha.

“Relaxa, César. Estou perfeitamente bem, não precisa se culpar.” Timóteo sorriu. “Agora, vocês dois deveriam voltar para os convidados. Vou continuar minha partida de xadrez.”

Com muita coisa ainda por fazer, Cristina e Nathan deixaram o local e foram ao quarto de brinquedos de Leandro e Camile.

Os dois correram em direção aos pais. “Mamãe, papai, já está tudo resolvido?”, perguntou Leandro.

“Sim, agora está tudo bem”, respondeu Cristina enquanto apertava as bochechas rechonchudas deles. “Mas lembrem-se: se algo assim acontecer de novo, avisem um adulto imediatamente. Não tentem resolver sozinhos, ok? É muito perigoso.”

“Mas era o vovô. Ele estaria em perigo se não tivéssemos impedido”, argumentou Leandro.

Camile assentiu. “Meu irmão tem razão.”

“Vovô é adulto e sabe se cuidar”, aconselhou Cristina, embora estivesse orgulhosa deles. “Vocês ainda são pequenos, então precisam garantir sua segurança antes de tentar ajudar os outros. Entendido?”

“Entendido”, responderam os dois em uníssono.

“Muito bem.” Cristina sorriu.

Naquele momento, Nathan retornou com uma expressão séria, após atender uma ligação.

Percebendo que ele tinha algo a dizer, Cristina pediu que Rafaela ficasse com Leandro e Camile enquanto ela seguia com Nathan para o escritório ao lado.

“O que aconteceu, Nathan?”, ela perguntou.