O novo começo romance Capítulo 48

Apesar de um começo complicado na Anderson Logistics, Eden se adaptou facilmente ao seu novo papel na área de Matthew, sem problemas.

Ela estava preocupada que teria dificuldade em se acostumar com um emprego de escritório das 9h às 17h, mas tanto seu novo chefe quanto Brenda tornaram sua vida fácil.

Matthew era um chefe dos sonhos para se trabalhar. Ele nunca fazia exigências desnecessárias a ela. Nunca gritava ou perdia a paciência com ela, mesmo quando ela adulterava relatórios cruciais algumas vezes. Ele também era gentil o suficiente para deixá-la terminar o trabalho às 16h todos os dias para que ela pudesse correr para casa e ficar com seu filho.

Brenda era outra joia. Como babá residente, ela não apenas cuidava de Aiden, mas também cuidava das tarefas domésticas, algo que Eden apreciava muito, porque tudo o que ela precisava fazer quando chegava em casa era passar tempo com seu filho pequeno ou lidar com melhorias em sua casa.

No final de sua primeira semana no novo emprego, Eden repintou o banheiro e o vaso sanitário com a ajuda de toneladas de vídeos de faça você mesmo no YouTube, e os caras da Bathroom Place instalaram sua nova e brilhante banheira. Ela ainda não tinha relaxado nela porque sempre havia algo para fazer à noite.

Ela era grata pela falta de tempo livre, no entanto; isso impedia sua mente de vagar para lugares onde não deveria, lugares como Liam.

Ela ainda se enfurecia toda vez que se lembrava de como sua última confrontação havia acontecido. Sim, ela estava errada por negligenciar suas responsabilidades, mas jogar o prato de biscoitos no chão foi desnecessário. Nem mesmo seu filho fazia birras assim.

"Ah, por que você está pensando nele," ela resmungou enquanto bagunçava seu cabelo de frustração.

Ela se afastou de sua mesa e girou em sua cadeira para encarar os fumantes no terraço da Hayes and Jones Attorneys. Eram todos homens e mulheres sérios em ternos escuros caros lidando com todo tipo de casos de alto perfil - desde comerciais até divórcios e batalhas pela custódia.

Julgando pelo número de vezes que eles saíam diariamente, era um trabalho estressante, porque todos pareciam felizes em encher seus pulmões de câncer.

Enquanto os observava, Eden se perguntava se deveria começar a fumar. Ela havia experimentado com Sienna no ensino médio. Ambas odiaram e pararam depois de quase sufocarem até a morte com o primeiro cigarro. Talvez seus pulmões agora fossem fortes o suficiente para lidar com isso.

Um telefone tocou em algum lugar, e demorou um pouco para ela perceber que era o dela, porque ninguém nunca ligava para sua linha do escritório. Se Matthew ou Lucy - sua secretária muito arrogante que parecia ter algo contra ela - quisessem algo, eles iriam até seu escritório, bateriam em sua porta e dariam suas instruções.

"Alô," ela respirou no telefone, irritada com o chamador por interromper seu momento zen da tarde.

"Você demorou," Liam disse do outro lado. Ele parecia igualmente irritado. Mas Eden não se abalou. Ser irritado com ela era o modo padrão dele.

Ela o via quase todos os dias e em todos os lugares - áreas comuns, reuniões, corredores e elevadores. Mas além de um aceno cortês dela e uma carranca permanente dele, eles não tiveram nenhum contato até agora.

"Como posso ajudar, Sr. Anderson?" ela perguntou educadamente.

"Venha ao meu escritório." Ele ordenou. "Agora!"

Ele nunca pedia gentilmente, sempre dava ordens, e todos se esforçariam para deixá-lo feliz.

"Claro, senhor," Eden disse e desligou.

Enquanto ela percorria os corredores, indo em direção ao escritório de Liam, ela se perguntava o que ele queria dela. Ele ainda não havia pedido ajuda com sua condição misteriosa. Ela duvidava que ele pediria, depois de tê-la considerado incompetente em todos os aspectos.

Clara a mostrou e fechou a porta atrás dela enquanto ela se apressava para algum lugar.

"Sr. Anderson," ela sorriu incerta.

Liam olhou brevemente para cima da tela, mas não reconheceu sua presença. Eden ficou furiosa em silêncio, imaginando se ele a chamou para fazê-la se contorcer na frente dele.

O telefone em sua mesa tocou, e ele passou dez minutos latindo e gritando com a outra pessoa ou pessoas. Algo sobre um acordo com um cliente no exterior que estava caindo se ele não fizesse a viagem pessoalmente.

Ele desligou, ainda furioso, depois de prometer voar para lá, onde quer que fosse. Ele parecia surpreso ao vê-la ainda ali quando ele se afastou de sua mesa.

"Eu te fiz esperar," ele murmurou enquanto se levantava e se esticava. "Peço desculpas, Srta. McBride."

Eden olhou fixamente para os músculos em seus braços e peito se movendo sob sua camisa azul pálida, convencida de que ele a chamou apenas para tentá-la e encher sua mente com pensamentos impuros.

"Há um problema com um de nossos escritórios no exterior", ele disse, abafando um bocejo com as costas da mão.

Eden assentiu. Ela não sabia o que mais fazer ou dizer enquanto ele se sentava na beirada da mesa, seu olhar a prendendo no lugar, um olhar indecifrável em seus olhos.

Um calor subiu pelo pescoço até suas bochechas e pontas das orelhas enquanto ela se perguntava silenciosamente o que ele estava pensando.

Ele a chamou aqui para olhar para ela, para fazê-la se contorcer?

Ele se divertia em deixá-la desconfortável?

Claramente, sim, porque ele parecia feliz em continuar com seu desafio de olhares enquanto batia o dedo indicador no queixo pensativamente, seus lábios se curvando em um sorriso sugestivo. O silêncio tenso e espesso na sala era ensurdecedor como o batimento de tambor em seu peito quanto mais eles continuavam com sua batalha de vontades.

"Você queria me ver?" ela perguntou finalmente; o suspense estava matando-a.

"Eu não a dispensei", ele rosnou enquanto a girava, seus olhos demorando brevemente em seus lábios antes de abaixar a cabeça e beijá-la com força.

Ela o beijou de volta, seus braços envolvendo sua cintura, e por um minuto, talvez mais, eles se perderam no toque e nos beijos um do outro, afogando-se em seu desejo até o bom senso chamá-los quando o telefone dele vibrou no bolso.

Ele o tirou, mas sua outra mão permaneceu possessivamente ao redor dela.

"Anderson!" Liam disse roucamente, sua voz tão grossa quanto o volume que pressionava em sua calça, apertando sua coxa. Ele pode odiá-la, mas seu pau a desejava, ela pensou enquanto escondia o rosto em seu peito, de repente se sentindo tímida, suas bochechas tão vermelhas quanto o vestido lápis que ela usava, seus dedos dos pés se enrolando em êxtase com essa revelação.

Liam ouviu quem estava do outro lado e desligou sem dizer uma palavra. Quando ele se virou para ela novamente, estava totalmente concentrado nos negócios.

"Tenho uma reunião externa amanhã", ele disse enquanto a soltava. "Você vai comigo!"

"Mas eu não sou sua assistente", ela lembrou a ele.

"Estou muito ciente disso."

Ela esperou por uma explicação, mas ele se virou para a mesa e sua atenção estava no laptop.

"Alguma outra coisa, Srta. McBride?" Ele levantou uma sobrancelha interrogativa, e Eden o encarou com raiva.

"Isso não pode acontecer de novo. Você não pode me tratar mal, recusar-se a se desculpar e me beijar quando lhe convém", Eden disse com firmeza. "E já que você gosta tanto do manual de recursos humanos, tenho certeza de que há algo lá sobre relacionamentos inadequados."

"Se por 'isso' você quer dizer nosso beijo, receio que não possa prometer isso a você." Liam falou suavemente. "E não há nada de inadequado acontecendo aqui. Você está aqui por um motivo, Srta. McBride - eu a quero. Nunca se esqueça disso."

"O que isso significa?"

Ele ignorou sua pergunta e apontou para a porta. "Clara enviará os detalhes da reunião para você."

E assim, Eden foi dispensada.

Ela foi furiosa para a cozinha e ainda estava enfurecida quando voltou para seu pequeno escritório com uma xícara de chá preto muito forte e amargo em sua mão.