O Padrinho(Triologia Ella Monteiro) romance Capítulo 57

-Como assim vai embora ? Perguntou espantado.

-Estava esperando só você chegar para te avisar.

-Tu não pode fazer isso Mel, por favor amor vamos conversar.

-Você tem noção do que você fez Piter ?

-O Jhon me falou que eu te machuquei...me perdoa, eu nem vi.

-Você surtou de novo...destruiu o bar, me machucou, desafiou os policiais e deixou o Thiago quase desmaiado no chão.

-Me perdoa...não vai acontecer mais eu prometo.

-Você já tinha prometido antes, mas não tem controle, não dá pra ficar assim.

-Você queria o que ? O cara te agarrou...

-Eu sei e acho que você tem todo direito de ficar bravo, porém você extrapola, fica louco, agride todo mundo...

Ele sentou na cama, apoiou os braços nas pernas e colocou a cabeça entre as mãos.

- Eu te amo tanto Mel...não consigo controlar o ciúmes de você.

-Por isso que eu vou embora, se eu ficar aqui você vai acabar na cadeia... tive que me esconder no banheiro, para os policiais não me verem cheia de sangue.

-Pelo amor de Deus Mel me perdoa...

-Não é questão de perdoar Piter, pois eu sei que você me acertou sem querer, o problema é que se eu ficar você vai continuar fazendo isso toda vez que sentir ciúmes...você só não acabou com o cara porque a polícia chegou.

-Eu não vou fazer mais.

Nesse momento o vi chorar, como nunca imaginei ver um homem como ele chorando...

-Eu vou chamar um taxi até a rodoviária e de lá vou voltar pra casa.

Saí o deixando no quarto e fui para o elevador ligando para o taxi, pois de uber estou com trauma.

O rosto dele chorando não sai da minha cabeça, mas eu não posso ficar, o Jhon me falou ontem por telefone que o amor do Piter por mim é doentio e faz mal pra ele, então é melhor eu me afastar.

Porém não sei como vou viver sem ele...eu o amo demais e ir embora está me doendo como uma faca atravessando meu coração.

Chegando na portaria, lembrei do dia que cheguei aqui, da alegria de vê-lo novamente ao entrar pela porta daquele apartamento e comecei a chorar ali mesmo na calçada.

Fui eu que vim atrás dele, eu o seduzi e agora tenho que deixá-lo pra conviver com as nossas lembranças apenas.

Dentro do taxi as mensagens dele não paravam de chegar, mas eu nem abri.

E eu vou explicar o que para o meu pai ? Eu não sei...

Chegando na rodoviária com o rosto inchado e dolorido, coloquei meu óculos de sol para disfarçar e sentei num cantinho mais escondido pra chorar em paz.

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