-Muito obrigado.... Anne !
-Que bonitinho, parecem pai e filha !
Ela provocou e eu fingi que não ouvi.
-O que faz aqui, posso saber ? Perguntei.
-Esse escritório também é meu.
-Eu me refiro a minha sala.
-Você nunca se incomodou de me receber na sua sala.
-Agora me incomodo.
Dei a Kali para Mel, que em silêncio foi até uma poltrona, colocou a cama da gata em cima e começou arrumar para botar a gatinha.
A Anne levantou e andou até perto da Mel, onde a mesma após acomodar a gatinha se virou e encarou a Anne com uma expressão séria.
-Você é bem bonita Melissa, mas devia estar preocupada em estudar e não estar trepando com um cara com o dobro da sua idade.
-Apesar de ter idade para isso, felizmente você não é minha mãe, então o que eu faço da minha vida não é da sua conta.
Fiquei orgulhoso da resposta dela, pois tinha receio da Anne a intimidar, mas vejo que não.
-Petulante !
-Recalcada... Rebateu a Mel, eu quase aplaudi.
-Você não é bem vinda aqui Anne, pode se retirar por favor.
-Você não disse que quer comprar a minha parte, eu vim negociar.
-Se o assunto for esse nós podemos conversar.
-Acho que isso não é assunto para bebês. Falou para provocar a Mel.
-Você está se referindo a gatinha ? Ela está dormindo, não precisa se preocupar. Respondi com sarcasmo.
-Quero falar a sós com você Piter, a garota pode esperar lá fora ?
-Não tenho segredos com a minha mulher, ela fica.
-Então eu saio.
-Fique a vontade, você sabe o caminho.
A raiva a fez ficar vermelha.
-Você vai se arrepender de ficar com esse cara menina, quando os chifres começarem a doer, você vai perceber que ele não presta. Falou se aproximando mais da Mel.
-Não presta, mas tu é louca por ele né ? Tá aí se roendo de vontade estar no meu lugar...
-Você está muito enganada criança.
-Ah estou ? Não é o que parece... Você daria tudo para estar no meu lugar e ter o amor desse homem ! Sinto muito... Nunca teve e nunca terá !
-Olha aqui garota...
Ela engueu a mão para a Mel, mas eu gritei com ela.
-Anne ! Não se atreva...
-Deixa Pitty... Vai fazer o que ? Vai me bater ? Eu também tenho duas mãos, iguais a você... Dá que eu te dou outra. A Mel disse a encarando.
A Anne recuou, pois percebeu que a Mel não ia ficar quieta se ela a agredisse.
-Eu tenho classe querida, não vou me submeter a brigar com você dentro da minha empresa.
-Estou vendo a sua classe...uma mulher casada que fica importunando a mulher do cara com quem traiu o marido por anos, realmente tem muita classe.
-Piter, eu não vou aceitar essa menina trabalhando na minha empresa.
-Não precisa se preocupar com isso, pois em pouco tempo nós dois estaremos casados e essa empresa também será dela. Falei abraçando a Mel.
Ela nem respondeu e saiu batendo a porta furiosa.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: O Padrinho(Triologia Ella Monteiro)
Acabou?...