O Preço da Tentação romance Capítulo 126

Tomas ergueu uma sobrancelha, olhando para Isabela e depois para Sérgio, com uma expressão de quem entendia perfeitamente:

— Eu entendo, eu entendo, esta noite maravilhosa é preciosa, não vou ficar. Vamos marcar outro dia. — Ao sair, Tomas ainda piscou para Isabela.

Ele tinha certo interesse em Isabela, mas após algumas tentativas frustradas de aproximação, decidiu desistir, especialmente porque Isabela estava prestes a ficar noiva.

Ninguém imaginaria que o noivado de Isabela não se concretizaria e que ela acabaria se envolvendo com Sérgio.

Ele não ousava mais pensar nisso, mas ainda assim não resistiu em dizer a Isabela:

— A Srta. Santiago mencionou na última vez que me devia um favor.

Isabela se lembrou da vez em que ele a ajudou no bar.

Antes que ela pudesse responder, o olhar frio de Sérgio já estava direcionado a ele.

Tomas sorriu, fez um gesto de fechar o zíper na boca com a mão e acenou para os dois antes de sair.

Por um momento, só Isabela e Sérgio ficaram no ambiente.

O ambiente estava um pouco pesado, e Isabela percebeu que Sérgio não estava muito contente.

Quando estava prestes a se despedir discretamente, notou uma mancha de sangue ao lado dos pés de Sérgio.

Ao seguir o rastro, percebeu que a mão de Sérgio estava ferida.

Havia pedaços de garrafa quebrada ao lado da mancha de sangue, provavelmente a causa do ferimento.

Mas o rosto de Sérgio não mostrava nenhuma expressão de dor, como se ele não fosse o ferido.

Ela permaneceu em silêncio por um momento antes de avisar:

— Você está sangrando.

Sérgio baixou o olhar para a mão, ergueu uma sobrancelha elegante e não deu importância.

Isabela queria ir embora.

Mas de repente se lembrou de Sérgio, ajudando-a a fazer o curativo naquela manhã em casa.

Ela mordeu levemente os lábios e perguntou:

— Tem uma caixa de primeiros socorros?

Sérgio levantou a cabeça e deu um sorriso.

Ela ficou sem palavras; parecia que ele não entendia o que ela dizia, então entrou na sala para pedir uma caixa de primeiros socorros aos empregados.

— Com medo assim, como teve coragem de entrar na minha cama naquela vez?

Isabela parou o que estava fazendo e olhou para ele com um olhar de reprovação.

Então, abaixou a cabeça e, com uma pitada de malícia, pressionou o ferimento dele.

Depois, levantou a cabeça e deu a Sérgio um sorriso travesso.

Mas Sérgio permaneceu impassível, como se não sentisse dor, permitindo que ela fizesse o que quisesse.

Ela deu uma leve tosse, sem graça, e rapidamente tratou o ferimento dele, aconselhando:

— Está bem profundo, é melhor não molhar nos próximos dias.

Sérgio soltou outra baforada de fumaça, olhando diretamente para ela.

— Então você vai ficar?

— Por quê?

Seus olhos eram bonitos e, quando estava intrigada, ela os abria ligeiramente, parecendo um cervo curioso.