— Eu não tenho nada a falar com você.
Sempre que Luciano fazia aquela cara, não era coisa boa, e Isabela não queria perder tempo com ele. Ela se levantou, acenou com a mão e disse:
— Se Hanna não está, volto amanhã. Tenho coisas a fazer, estou indo.
Luciano franziu a testa imediatamente, insatisfeito com a atitude de Isabela que nem se deu ao trabalho de olhar para ele.
"Afinal, Luciano raramente é gentil comigo. E quando ele é, está tramando algo."
Ela pensou: "Desta vez, não sei o que ele está planejando, mas não vou cair nessa."
Antes de sair pela porta, Luciano a segurou.
Luciano estava prestes a dizer algo quando percebeu que a roupa de Isabela estava rasgada. Ele franziu os lábios e perguntou:
— O que você estava fazendo lá fora? Olha o estado da sua roupa! Que vergonha é essa? — Luciano olhou para Isabela com uma expressão severa, como um pai rigoroso.
Isabela pensou, infelizmente: "Ele não está realmente preocupado comigo. Ele só está preocupado que eu envergonhe a família Santiago."
Ao se virar, percebeu que sua roupa estava rasgada nas costas, algo que não havia percebido antes.
Ela encolheu os ombros e sorriu para Luciano:
— Fui atacada na rua. Papai vai defender minha honra?
Luciano rangeu os dentes.
— O que aconteceu?
Isabela ergueu uma sobrancelha.
— Fui assediada e escapei com dificuldade. Papai vai me ajudar a resolver isso?
Ela pensou: "Eu sei que Luciano nunca vai me defender, estou apenas o provocando."
Como era de se esperar, assim que ela terminou de falar, Luciano disse:
— Você nunca está em casa, e só sai vestida de forma chamativa, o que você espera? Se algo acontecer, a culpa é sua.
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