O Preço da Tentação romance Capítulo 17

Tomas entendeu que Sérgio estava interessado em Isabela.

Ele passou a língua nos dentes de trás e, embora achasse uma pena, não resistiu a espiar aquela beleza hipnotizante de Isabela.

Aquele rosto dela era realmente irresistível, não era de se estranhar que Sérgio tivesse se interessado por ela.

Quando Sérgio falou, Isabela não teve como hesitar e se sentou ao lado dele.

Assim que se sentou, ela percebeu o aroma amadeirado peculiar de Sérgio, o que a deixou um pouco nervosa.

Era como se estivesse subindo a bordo de um navio pirata.

Após algumas rodadas, Sérgio pareceu cansado, largou as cartas na mesa e, com um tom preguiçoso, disse:

— Agora é sua vez.

Isabela afastou os pensamentos, ergueu uma sobrancelha e olhou para ele:

— Tem certeza?

Ela nunca se interessou muito por jogos de cartas, mas, sendo inteligente, já havia entendido as regras após algumas jogadas.

Sérgio deu um sorriso sarcástico e a olhou com os olhos semicerrados:

— Se ganhar, é sua. Se perder, é minha.

Isabela sorriu, sem demonstrar medo, e pegou as cartas de Sérgio para continuar o jogo.

As pessoas ao redor eram tubarões financeiros, e as apostas estavam altas.

Embora tivesse aceitado a proposta de Sérgio, aquilo não significava que ela não estivesse irritada. Ela decidiu ensinar uma lição ao arrogante.

Por isso, ela perdeu intencionalmente em cada rodada.

Quando suas cartas eram melhores que as dos outros, ela simplesmente segurava as cartas sem jogar.

Após perder, sorriu de maneira provocante para Sérgio e disse:

— Desculpa, Sr. Sérgio, minha habilidade realmente não é boa.

Sérgio, com um cigarro na boca, deu um olhar preguiçoso a ela, sem demonstrar muita preocupação.

Após cerca de meia hora, Isabela já havia perdido 500 mil por ele.

Enquanto se preparava para perder mais 500 mil, ela sentiu uma presença quente atrás dela.

A voz profunda de um homem soou em seu ouvido:

— Que Bobagem! Pare com isso. Foi só porque eu acabei de assinar o contrato com ele. Enfim, vou indo, não quero atrapalhar.

Ela não queria ficar ali mais tempo. Se virou e saiu apressada, indo até o carro.

Depois de sair do clube, ela foi até o hospital onde a mãe de Suzana estava. Quando chegou, Suzana estava sentada ao lado da cama de sua mãe, descascando uma maçã.

Isabela carregava uma cesta de frutas e bateu suavemente na porta do quarto.

As duas pessoas dentro do quarto olharam para ela. Suzana fez um gesto com os olhos.

Conhecendo Suzana há tanto tempo, Isabela entendeu na hora o que ela queria dizer e sorriu, entregando as frutas:

— Agatha, você está bem? Ouvi dizer que você está doente, então vim fazer uma visita.

Na época da faculdade, Isabela costumava ir à casa de Suzana para almoçar, e as duas já eram bem próximas.

— A Suzana me disse que você anda muito ocupada, não precisava fazer questão de vir me ver. — Agatha Silva disse, mas o sorriso em seu rosto não conseguia esconder sua alegria.

Elas conversaram por um tempo, e depois, Suzana, que não parava de fazer gestos discretos para Isabela, a acompanhou até a saída.

Isabela sabia que Suzana queria conversar em particular.