Ele manteve o olhar firme na estrada, mas isso não o impediu de desligar a chamada de Felipe rapidamente e jogar o celular de volta para Isabela.
Isabela viu o movimento dele e franziu a testa.
— Por que você desligou assim?
Ela ainda falava quando percebeu que já tinham chegado a entrada do hotel.
Isabela ficou sem palavras. Sabendo o que ia acontecer, ela ficou apreensiva e olhou para Sérgio:
— Na real, hoje não estou muito a fim.
— Sério? — Sérgio virou para ela com um sorriso encantador.
— É, é isso mesmo. — Isabela só assentiu.
Ficaram uns dias sem se ver e, assim que se encontraram, ele já queria ir direto para cama?
Ela não estava nada afim.
Mas, no segundo seguinte, Sérgio se aproximou, o olhar dele desceu lentamente até parar um pouco abaixo da barriga dela.
O cheiro familiar dele invadiu o nariz de Isabela, que, sem saber por quê, sentiu o coração acelerar.
— Então, quer dar uma conferida? Aqui mesmo ou lá em cima?
Sérgio olhou para ela com um olhar tão sério que parecia que só estava perguntando qual cor ela preferia.
— Hum... — Isabela não era lenta para responder, mas a pergunta dele fez a cabeça dela travar por um instante.
Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Sérgio já tinha descido do carro.
Só deixou para ela as palavras:
— Te dou um minuto.
Ela sabia que Sérgio era daqueles que, quando falava, não voltava atrás.
Mesmo sem vontade, só restou seguir ele.
Era o mesmo quarto de antes, dava até para chamar de um retorno ao passado.
Sérgio entrou primeiro, deixou a porta aberta para ela.
Assim que entrou, Isabela viu que ele já estava no sofá, só com uma camisa preta.
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