O elevador parou e as portas se abriram.
Sérgio entrou, virou o rosto para encarar ele e o olhar ficou ainda mais frio.
Nicolas entendeu muito bem o que aquilo queria dizer. Suspirou, tomando as dores do chefe:
— Chefe, só porque ele é da família Medeiros você sempre deixa passar, mas aquele cara está se fazendo cada vez mais. Se não der um puxão de orelha agora, vai dar mais problema depois.
Sérgio manteve o olhar sombrio, ergueu o pulso e deu uma olhada no relógio.
— Eu sei o que estou fazendo. — Disse ele, num tom baixo.
Nicolas soltou outro suspiro e não insistiu.
Foi então que reparou no ferimento na mão de Sérgio.
Depois de um tempo, o ferimento tinha inchado e estava com uma aparência nada boa.
— Chefe, está tudo bem? Quem foi que mordeu você?
Sérgio soltou um riso curto:
— Uma gatinha selvagem.
Nicolas arregalou os olhos:
— Hã? Não parece, não... O dente de gato é afiado, impossível deixar uma marca tão certinha...
Mas antes que terminasse, Sérgio lançou um olhar que dizia claramente: "Você é burro ou está se fazendo?".
Nicolas entendeu na hora, e o sorriso ficou carregado de um ar malicioso.
— Verdade... Olhando bem, é igual uma mordida de gatinha selvagem mesmo.
O elevador apitou e as portas se abriram. Sérgio não perdeu tempo, então perguntou:
— A pessoa já chegou?
Nicolas assumiu um tom mais sério e disse:
— Está a caminho, disse que chega já.
Ele mal terminou de falar e o celular tocou. Ele atendeu com a postura relaxada de sempre, mas, depois de ouvir o que a outra pessoa disse, a expressão fechou na hora.
Sérgio franziu o cenho. Na sequência, ouviu Nicolas dizer:
— Chefe, deu ruim. — Nicolas desligou e completou. — O pessoal que foi buscar o Sr. Rivaldo disse que o outro lado chegou com tudo, estão claramente preparados. E um deles parece até...
Ele olhou para Sérgio, fez uma pausa e completou:
Isabela só voltou para casa depois de organizar tudo.
No caminho, não conseguia parar de olhar para o contrato, repetidas vezes.
Com o objetivo finalmente alcançado, ela sentia uma estranha sensação de irrealidade.
O carro parou diante da mansão da família Santiago.
Ela olhou para frente e, de repente, o humor melhorou, até a casa parecia diferente.
Quando a mãe ainda estava viva, ela achava aquele lugar aconchegante.
Depois que Lívia e Hanna chegaram, ela passou a sentir apenas repulsa.
Mas, naquele momento, ela achou que a casa onde morou por quase vinte anos tinha até um certo charme. E, quando conseguisse colocar Lívia na cadeia e vingar a morte da mãe, certamente ficaria ainda mais bonita.
Ela sorriu, guardou o contrato e desceu do carro.
Ainda nem era segunda-feira, mas ela já pensava em dar uma bela surpresa para Luciano e Hanna. Porém, por enquanto, era melhor manter segredo.
Ela entrou em casa, ainda era cedo, imaginou que Luciano não estivesse ali, mas assim que subiu as escadas ouviu, vindo do escritório dele, um som que fez seu rosto esquentar.
— Luciano... Você... Você resolveu mesmo? — Murmurou Lívia, com a voz baixa carregada de desejo.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Preço da Tentação
O que houve que não lançaram mais nenhum capítulo?...
Muito chato ficar esperando capítulos,já desisti de outros livros por esse mesmo motivo,perde a emoção da leitura...
Não tem uma opção de pagamento por Pix pra quem não usa cartão.muito chato essa liberação de poucos capítulos grátis...
Qual o Instagram da autora? Para eu acompanhar...
Quais os dias que lançam novos episódios?...