Isabela hesitou por um instante.
Ela queria dizer que foi Nicolas quem a buscou, mas acabou soltando:
— Eu fiquei preocupada com você, por isso vim.
— Humph... — Sérgio rangeu os dentes e deu uma risada fria. — Venha cá.
Isabela ficou um pouco assustada.
Mas, naquele momento, a razão venceu o medo.
Ela se levantou do chão e se aproximou dele com cuidado, tentando convencer ele:
— Sr. Sérgio, você está gravemente ferido. — Até a voz dela soou mais suave do que o habitual. — Deixe o médico cuidar de você, tudo bem?
Sérgio abaixou a cabeça e olhou para ela. Mas, por causa do sangue perdido, naquele momento, o rosto dele, antes saudável, estava pálido como a morte.
À luz branca do ambiente, ele parecia assustador. Como se fosse o próprio senhor da morte.
Isabela nunca tinha visto Sérgio daquele jeito, e seu coração bateu acelerado.
Ele ficou em silêncio por um longo tempo.
Quando Isabela começou a se perguntar se tinha falado algo errado, Sérgio, de repente, fez um gesto chamando ela com a mão.
Ela se aproximou um pouco mais, e ouviu:
— Você realmente não quer que eu morra?
— Não quero. — Isabela assentiu.
O jeito obediente dela parecia agradar Sérgio profundamente.
Ele levantou o canto dos lábios finos e deu um sorriso, que era ao mesmo tempo encantador e perigoso.
— Então ok, venha.
Isabela ficou confusa. Só depois entendeu o que ele quis dizer.
Apavorada, ela tentou recuar:
— Não dá, eu não consigo.
Mas Sérgio, com uma força surpreendente, a puxou para perto.
Ele beijou a ponta da orelha dela, sentindo seu corpo tremer.
— Não tenha medo. — Disse ele, sorrindo. — É só enfiar a faca, encontrar a bala e depois tirar com o alicate. É bem simples.
Ele falava com uma calma assustadora, mas os olhos de Isabela se arregalaram ainda mais.
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