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O Preço da Tentação romance Capítulo 269

— O quê? — Nicolas se virou para ela.

— Por que tinha que ser eu? — Isabela perguntou.

Nicolas sorriu ao ouvir isso, e o sangue em seu rosto fazia o sorriso parecer ainda mais provocador.

— Acho que é porque você é diferente para o chefe, né?

Desde aquele episódio anos atrás, o chefe passou a carregar um peso no coração.

Mas aquilo, não sairia da boca de Nicolas.

Não queria que, quando o chefe acordasse, fosse tirar satisfações com ele.

— Quando te chamei, não tinha muita esperança, mas não imaginei que você fosse tão boa. — Ele fez uma pausa e continuou. — Dessa vez, vou ficar te devendo um favor.

Isabela balançou a mão, querendo dizer que não precisava, mas Nicolas já tinha se virado e ido embora.

Ela fechou a porta do quarto e sentiu todo o corpo fraco.

A cena sangrenta que tinha acabado de presenciar ainda acelerava seu coração.

Ela olhou para a própria mão, coberta de sangue. O vermelho era tão intenso que chegava a doer nos olhos.

Mas o calor ainda estava lá, como se, atravessando o espaço, ela tivesse tocado a pele de Sérgio.

Ela ficou parada, perdida em pensamentos, até se lembrar do que Nicolas tinha dito.

Ela era diferente para Sérgio?

Diferente mesmo?

Porém, segundos depois, sacudiu a cabeça e afastou todos aqueles pensamentos que não deveriam existir.

"Isabela, não fique iludida, não pense o que não deve", no quarto escuro, ela se advertiu.

Respirou fundo e foi para o banheiro se lavar.

Quando saiu, estava limpa da cabeça aos pés. O cabelo negro escorria pelas costas, e ela parecia um pouco mais delicada.

O dia tinha sido intenso, cheio de altos e baixos, sem exagero. E, depois de tanto se ocupar, já era quase manhã.

A mente dela estava confusa e cansada. Ao deitar, caiu no sono imediatamente.

Ela dormiu profundamente, tanto que, na manhã seguinte, nem percebeu quando um corpo quente se enroscou ao seu lado, envolvendo sua cintura fina.

O homem ao lado se virou para observar ela e, olhando para seu rosto sereno, deu um leve sorriso irônico.

Quando abriu a porta e saiu, Nicolas ainda estava lá, parado, e perguntou:

— Chefe, como você saiu tão rápido?

A frase soou estranha. Parecia uma indireta sobre a capacidade de Sérgio em algum aspecto.

Sérgio lançou um olhar cortante, e Nicolas percebeu imediatamente que tinha falado besteira. Ele riu sem jeito e bateu na própria boca:

— Desculpa, falei besteira.

Enquanto caminhava para fora, Sérgio perguntou:

— E o Caio, como está?

— Ele está bem, não aconteceu nada sério. — Respondeu Nicolas. — Mas infelizmente o Edson conseguiu escapar dessa vez.

Dito isso, havia um pouco de raiva nos olhos dele.

Sérgio percebeu claramente e apertou ligeiramente os lábios finos:

— Sei o que você está pensando, mas ainda não é a hora.

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