O Preço da Tentação romance Capítulo 294

Nicolas ficou surpreso:

— Não é para tanto, né?

Sérgio retrucou:

— Você fala demais, hein... Pelo visto, você não quer mais a sua boca.

O coração de Nicolas deu um pulo. Por dentro, ele xingava Sérgio por valorizar mais a própria mulher do que os amigos. Mas, por fora, apenas deu um sorriso sem jeito:

— Beleza, vou checar agora mesmo.

Dito isso, ele se virou e voltou para o clube.

Dez minutos depois, ligou para Sérgio.

— Chefe, não é bom... A Srta. Isabela realmente foi levada por alguém. Já mandei alguém rastrear a placa e descobrir para onde o carro foi. Logo vamos saber.

Sérgio, deitado na cama, semicerrou os olhos.

— Me avise assim que descobrir algo.

— Pode deixar. — Nicolas desligou a chamada, limpou o suor da testa e murmurou. — Ufa, ainda bem que fui checar.

Ele se virou para o monitor e olhou o carro que tinha levado Isabela, balançando a cabeça:

— Escolheram o adversário errado, hein? Querem se encrencar com nosso chefe... Vão se dar mal!

Ele bufou, mas em menos de dez minutos, a localização do carro já tinha sido descoberta.

Sérgio, que ainda estava na infusão, viu o endereço e puxou o soro da mão.

Marcos, que estava cuidando dele, ficou parado por um instante:

— Sr. Sérgio, você ainda não está totalmente recuperado... Não seria melhor deixar o Nicolas cuidar da Srta. Isabela?

Sérgio ergueu os olhos, lançou um olhar frio em direção a Marcos, e não disse nada. Mas o brilho cortante nos olhos dele não podia ser ignorado.

Marcos suspirou, sabendo que não conseguiria contestar Sérgio.

— Então... Eu vou dirigir.

Felizmente, após quase um dia inteiro, o corpo de Sérgio já estava quase totalmente recuperado.

...

Quando Isabela acordou, percebeu que estava em um quarto escuro.

Só havia uma luz de cabeceira acesa ao lado da cama.

— Outro jeito? — Gustavo riu com desdém. — Se eu te chamasse para sair, você viria?

Isabela ficou sem resposta. Ele tinha razão, ela não teria ido.

— Então agora que já nos vimos, posso ir embora? — Ela perguntou, apertando os lábios.

Gustavo deu uma tragada no cigarro e soltou a fumaça densa.

— Para quê tanta pressa? Faz tempo que não nos vemos, devíamos conversar um pouco. — Ele apagou o cigarro, caminhou até Isabela e acendeu a luz do quarto.

A luz explodiu na visão dela, e Isabela levantou a mão para se proteger.

— Gustavo, o que você quer, afinal?

Gustavo sorriu. Ele vestia uma camisa branca que combinava com seu rosto, parecendo até elegante. Gustavo se sentou, olhando para ela com um sorriso leve:

— Quero algo bem simples... Transar com você.

Isabela sentiu um nojo enorme:

— Gustavo, você é realmente nojento.

— Hahaha, tudo bem. — Gustavo balançou a cabeça e passou a mão pelos cabelos dela. — Quando me xinga, me deixa feliz também.