O Preço da Tentação romance Capítulo 332

Isabela subiu para o andar de cima e só desceu na hora do jantar.

Com a volta de Lívia, a mesa da família Santiago voltou a ficar barulhenta.

— Isa, isso aqui a Laura fez especialmente para você, come mais, tá?

Não se sabia por que ela tinha ficado tão atenciosa de repente.

Isabela olhou discretamente para o prato de carne assada que tinham colocado para ela.

E, sem cerimônia, pegou a carne do prato e jogou de volta na mesa, franzindo a testa, toda cheia de desdém.

Lívia parou, se virou e mordeu o lábio, parecendo magoada.

Luciano bateu o garfo na mesa com força.

— Isabela, Lívia teve a boa vontade de te servir, se você não quer comer, tudo bem, mas para que isso? Desde pequena eu te ensinei a ser educada, é assim que você desperdiça o carinho dos outros?

Isabela levantou levemente o olhar, sem demonstrar raiva. Na verdade, havia um leve sorriso nos seus olhos.

— É mesmo um desperdício, desculpa, pai.

Ela pegou rapidamente o pedaço de carne de volta e colocou no prato de Luciano com agilidade.

— Não posso aceitar a boa vontade da Lívia, então fique à vontade para aproveitar.

Ela sorriu com cara de inocente, satisfeita ao ver a expressão imediatamente feia de Luciano.

Era só para irritar alguém mesmo, né? Ela também sabia fazer isso!

Isabela revirou os olhos em silêncio.

Luciano ficou constrangido com a ação de Isabela, sem saber como reagir.

Comer? Não comer? Também não sabia.

Lívia, percebendo a situação, sorriu constrangida:

— Luciano, a menina provavelmente não quer comer com medo de engordar. Foi minha culpa, fui intrometida.

Ela se virou para Laura.

— Vai lá e prepara mais um prato de arroz.

Isabela respirou fundo e franziu a testa novamente.

No rosto delicado dela surgiu uma expressão curiosa.

Hanna, vendo isso, cerrou os dentes e perguntou:

— O que você está fazendo? Isso é a mesa de jantar... Tem algum cheiro estranho ou algo assim?

Ela apertou um pouco os lábios e esboçou um sorriso forçado, meio de mentira:

— Pai, o que foi?

— Venha para o escritório, preciso falar com você.

— Estou com sono... — Isabela bocejou, claramente sem vontade de conversar.

O olhar de Luciano ficou mais sério.

— Não se esqueça, não sou só seu pai, também sou seu chefe.

Ao ver essa postura, Isabela percebeu que devia ser sério. Só que, provavelmente, não seria nada bom.

Ela levantou a sobrancelha e disse:

— Tá bom, pai. Vou indo.

Luciano pareceu satisfeito e começou a caminhar na direção do escritório.

Isabela revirou os olhos, mas acabou fechando a porta do quarto e seguindo atrás dele.

Ela queria ver do que se tratava a conversa de Luciano.

Com o olhar um pouco mais sério, chegou à porta do escritório e entrou.