O Preço da Tentação romance Capítulo 338

Ela pensou por um momento, se levantou e fechou o notebook.

Decidiu simplesmente pegar o notebook e sair da empresa.

A secretária ao lado ficou sem saber o que dizer.

Não era a vice-presidente a filha legítima do presidente da empresa?

Por que os dois pareciam estar em conflito?

Enquanto ela se perguntava isso, Isabela já tinha pego a bolsa e saído da empresa.

Janaína ficou no escritório, olhando Isabela ir embora.

Seus dedos se encolheram nervosamente, e um leve desespero passou por seus olhos.

Isabela não tinha para onde ir.

Pensou por um instante e ligou para Wellington.

Ela achava que Wellington estaria no escritório como sempre, mas, surpreendentemente, ele estava em outro lugar dessa vez: em um hotel com águas termais.

— Você vem aqui agora? — Wellington perguntou.

— Vou. Manda o endereço, tem umas coisas que talvez eu precise da sua ajuda.

Nem um minuto depois de desligar, Wellington já tinha enviado o endereço.

Isabela dirigiu até lá sozinha. Chegou bem na hora do almoço e encontrou Wellington no restaurante do hotel.

Ele sempre parecia meio desligado, mas tinha pedido justamente os pratos que Isabela gostava.

Ao ver ela toda arrumada, com cara de executiva, ele assobiou de leve para ela.

— Caramba, nem acredito... Em poucos dias você passou de Isabela para vice-presidente Isabela. E aí, seu pai finalmente decidiu entregar a empresa para você?

O tom da voz dele soou irônico, e Isabela revirou os olhos.

— Não dá para falar direito?

Wellington riu, levantou a mão e colocou um camarão no prato dela.

— Por que você foi parar no Grupo Santiago de repente? Seu pai finalmente resolveu ser sensato?

Wellington conhecia bem Isabela e sabia de tudo que acontecia na família dela.

Isabela deu de ombros, meio encolhida.

— Você acha que, mesmo depois que eu atrapalhei tantas coisas que ele planejou, ele ainda teria bondade de me deixar entrar no Grupo Santiago? E ainda por cima, como vice-presidente?

— Ah, aliás, você conhece algum advogado bem competente?

Wellington esfregou as mãos, assumindo uma expressão séria.

— Aconteceu alguma coisa? — Perguntou ele.

Apesar das provocações frequentes entre eles, quando era assunto sério, Wellington sempre ajudava se podia.

— Não, é que prometi encontrar um advogado para outra pessoa. — Isabela balançou a cabeça. — Se você tiver, me passa o contato, por favor.

No exato momento em que ela terminou de falar, o celular dentro da bolsa começou a vibrar.

Ela limpou as mãos, pegou o aparelho e, ao ver quem ligava, ficou ligeiramente surpresa.

— Desculpa, vou atender uma chamada. — Disse, se virando para Wellington.

Ela se afastou um pouco, limpou a garganta e atendeu a chamada.

— Alô, Sr. Sérgio. — Sua voz, naturalmente doce e suave, parecia ainda mais envolvente quando baixou o tom, quase provocativa.

Do outro lado, Sérgio ergueu uma sobrancelha e falou em tom grave:

— Onde você está?