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O Preço da Tentação romance Capítulo 367

Lívia tinha sido torturada por Luciano durante a noite passada e estava irreconhecível.

Quando Isabela pisou nela, ela não conseguiu conter o grito.

— Isabela, você vai pagar por isso!

Isabela deu um sorriso frio. Seus lábios se curvaram, mas os olhos estavam levemente úmidos.

— Eu vou pagar por isso? Então vamos ver quem morre primeiro. — Ela se agachou com um sorriso sarcástico, e seu rosto delicado preenchido por desprezo. — Lívia, você planejou tudo por tantos anos e agora vai morrer nesse quarto escuro. Essa é a sua punição.

Lívia suava frio de dor, olhando para Isabela com uma raiva cada vez maior, mas logo ficou surpresa.

— Você sabe de alguma coisa? — Murmurou ela. — Você sabe de alguma coisa, né? Fala logo!

Isabela olhou para ela com calma, enquanto Lívia gritava descontrolada. Sua expressão permaneceu completamente serena.

Ela então se virou e saiu, entregando o remédio para os dois seguranças e disse:

— Não deixem que ela morra tão facilmente.

Os dois se entreolharam, mas no fim acenaram com a cabeça:

— Sim, senhorita.

Isabela mordeu os lábios e subiu os degraus da escada do porão escuro. Atrás dela, ainda se ouvia o grito desesperado de Lívia.

— Senhorita, está tudo bem? — Laura perguntou, correndo para encontrar ela.

O olhar disperso de Isabela foi se focando, e ela sorriu levemente para Laura:

— Estou bem.

Laura suspirou aliviada e disse:

— Melhor nem se envolver com mulheres como a Lívia de novo, para não sujar seus olhos.

Isabela não respondeu e subiu direto para o segundo andar da mansão.

Ela se trancou no quarto, se sentou na poltrona, e com os dedos levemente trêmulos pegou um cigarro do maço.

Ela acendeu o cigarro depois de várias tentativas com o isqueiro. Ao dar a primeira tragada, se sentiu um pouco melhor, fechou os olhos e se recostou na poltrona.

Soltou uma nuvem de fumaça branca com força.

Só Deus sabia o quanto ela tinha vontade de deixar Lívia morrer naquele porão sem saída, mas sabia que não podia.

Se fizesse isso, se tornaria igual a Lívia.

No dia seguinte, quando desceu, Isabela viu Luciano sentado à mesa, tomando café.

Ela ficou um pouco surpresa, ergueu a sobrancelha e se aproximou, cumprimentando suavemente:

— Pai, bom dia.

Luciano olhou para ela, com a expressão sombria.

A expressão impassível dele era um pouco assustadora.

Se fosse outra pessoa, Isabela com certeza teria sentido medo, mas diante de Luciano, ela não sentiu nada.

— Tem algum problema? — Perguntou ela, arqueando a sobrancelha.

Luciano bufou friamente:

— A partir de hoje, você vai morar fora. Sem minha autorização, não pode voltar.

Isabela se surpreendeu um pouco, ela sorriu e sentou na cadeira em frente a ele.

— Desculpa, mas essa casa é minha. Eu não vou a lugar nenhum.

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