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O Preço da Tentação romance Capítulo 386

Sérgio estava analisando o relatório financeiro e, de repente, o celular sobre a mesa vibrou. Ele pegou o aparelho, e suas sobrancelhas se arquearam levemente.

A namoradinha dele?

Quem mais Pedro chamaria assim, se não Isabela?

Naquele momento, Marcos entrou e lançou um olhar para Sérgio.

— Sr. Sérgio, parece que deu problema lá no Paraíso. Você quer ir dar uma olhada?

— Que tipo de problema? — Perguntou ele.

Marcos apertou os lábios e disse:

— Não sei quem mexeu nas coisas, mas a polícia já foi para lá e está investigando.

Sérgio levantou a mão e esfregou levemente os lábios com a ponta áspera do dedo, então se levantou e saiu da sala.

Marcos pensou que ele fosse direto para o Paraíso e correu para pegar o carro na garagem.

Mas, assim que o veículo saiu, ouviu Sérgio, no banco de trás, dizer:

— Vá para o Hospital Boa Esperança.

Marcos ficou surpreso.

— Para o hospital? Por quê? Você não está se sentindo bem?

Ele olhou pelo retrovisor, só para ver os olhos frios de Sérgio fixos nele, rapidamente se tocou e respondeu:

— Certo, já estamos indo.

Ele pisou fundo no acelerador e o carro disparou.

...

No hospital, Isabela dormia profundamente. A febre já tinha baixado, mas a cabeça dela ainda estava pesada, atordoada.

Ela sonhou que Naomi vinha atrás dela com uma faca, dizendo que queria se vingar por Gustavo.

Ela corria, corria... Mas, no fim, Naomi a alcançava.

— Isabela, chegou a sua hora!

Parecia que Isabela via com clareza a expressão distorcida de Naomi, sentia até a lâmina atravessando seu peito, a cena era tão real que a fez tremer.

— Não, não me mata! — Gritava ela.

Isabela abriu os olhos de repente e percebeu que não estava em seu quarto.

Ao lado da cama, havia a figura de um homem alto.

Marcos, que ainda estava parado na porta, arregalou os olhos. Ao ver a cena, ele saiu discretamente e, de quebra, fechou a porta para os dois.

Sérgio apertou os lábios, sem terminar o que ia dizer. Ele sentia nitidamente o corpo de Isabela estremecer de leve. Pelo jeito, Isabela tinha mesmo tido um pesadelo e estava bem assustada.

Ele não falou mais nada e passou a mão grande e firme na cabeça dela.O cabelo de Isabela era macio, até agradável ao toque.

— Do que você tem medo? Comigo aqui, nem a morte tem coragem de chegar perto.

Isabela foi se acalmando e, no fundo, achou que tinha sido meio fraca.

Mas a verdade é que o susto tinha sido grande, ela ainda não sabia diferenciar sonho e realidade.

E para piorar, Sérgio estava parado ali, ao lado da cama, em silêncio. Claro que ela tinha se assustado.

Ela mordeu o lábio, se sentindo injustiçada:

— A culpa foi sua que me assustou!

— Hã! — Sérgio soltou um riso frio. — Muda de cara rapidinho, hein.

Isabela hesitou por um instante e, ao lembrar da forma como tinha se enfiado no abraço dele sem pensar, ficou ainda mais sem graça.

— O que você está fazendo aqui? — Perguntou ela, mudando de assunto.

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