Isabela estava se sentindo sufocada. Parecia que tudo ruim só acontecia com ela.
Bryan, de algum jeito, ainda mantinha um pouco de compostura, sem fazer nada totalmente fora dos limites.
Ele olhou para Isabela, mas o olhar já estava meio perdido.
— Passa a noite comigo, você decide o contrato! — Disse ele.
Isabela parou, e um sentimento de humilhação subiu imediatamente pelo seu peito.
— Desculpe, Sr. Bryan, mas eu não estou aqui para isso. — Respondeu com os dentes cerrados, com a voz carregada de irritação.
Bryan rangeu os dentes.
Talvez fosse o efeito do remédio, mas parecia que o perfume de Isabela havia se tornado mais intenso. Principalmente, quando ele olhava para os lábios vermelhos dela, que se entreabriam. Pareciam uma fruta proibida e tentadora, e só se mordesse, ele se sentiria aliviado.
—Três anos... Ou, bom, você escolhe a duração do contrato. — A voz dele tremeu um pouco.
Ele sempre foi alguém que conseguia controlar seus desejos, mas naquele momento, não conseguia mais resistir ao efeito da droga. Cada poro do seu corpo parecia gritar para devorar aquela mulher à sua frente.
Ainda assim, sua razão dizia que precisava do consentimento de Isabela.
Isabela percebeu que, naquele momento, Bryan já não tinha mais razão. Ela virou levemente a cabeça, procurando algo com o que pudesse se proteger, mas aquela pequena sala parecia apenas um depósito, não havia muita coisa dentro. Era tão vazio que ela nem conseguia se virar direito.
— Sr. Bryan, se acalme. — Disse ela. — Se me deixar sair, eu chamo um médico para você.
Ela não tinha onde guardar o celular, e a bolsa estava com a secretária.
Então, naquele instante, ela se sentiu sem saída, um desespero silencioso tomou conta dela.
Mas Bryan claramente não podia esperar mais, sua última fagulha de racionalidade desapareceu.
Ele baixou a cabeça e tentou beijar os lábios vermelhos de Isabela, que virou rapidamente o rosto e, por sorte, sua mão tocou um vaso na mesa ao lado.
Um lampejo de esperança passou por ela, e sem hesitar, levantou o vaso e bateu na cabeça de Bryan.
Bryan finalmente a soltou e caiu no chão, sem forças.
Isabela respirou aliviada, pronta para abrir a porta e sair, quando, no instante seguinte, alguém chutou a porta com força.
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