O Preço da Tentação romance Capítulo 456

Sérgio pediu para que Marcos comprasse a comida.

Eles se sentaram frente a frente, mas Isabela não conseguia sentir apetite.

Ela até tinha sentido fome antes, mas toda vez que lembrava do medo que sentiu no topo da montanha, seu corpo parecia ficar dormente.

Sérgio, com movimentos elegantes, pousou os talheres e olhou para ela:

— Sem fome?

Isabela ergueu os olhos para ele.

— Não.

Dito isso, ela pegou um pouco de comida do prato e colocou na boca, sem muito interesse.

— Então coma devagar. Quando terminar, vai dormir cedo. Ainda tenho algumas coisas para resolver.

Isabela apenas assentiu com a cabeça.

Sérgio se levantou e saiu.

Assim que ele se foi, Isabela sentiu o ar parecer mais leve.

Ela levantou o olhar e acompanhou o corpo de Sérgio até ele subir as escadas.

Só voltou a olhar para baixo quando ele desapareceu de vista.

Para ser sincera, um homem como Sérgio era difícil de não se sentir atraída.

De qualquer ângulo, Sérgio podia ser considerado um homem perfeito, e era quase impossível não se apaixonar.

Isabela não era exceção. Ela sempre se controlava, mas sabia que, de alguma forma, sentia algo por Sérgio.

Afinal, um homem tão incrível estava à sua frente, e eles já haviam tido momentos tão próximos tantas vezes, não se sentir atraída seria completamente anormal.

Mas naquele momento, Isabela tinha medo de verdade.

Quando Sérgio perdia o controle, ele realmente assustava.

A diferença entre a vida e a morte dela naquele dia tinha sido de apenas alguns centímetros.

Ela sentiu medo de verdade.

E quando se tinha medo, a vontade era fugir.

Ela apertou levemente os lábios e, de repente, percebeu que bater na porta de Sérgio naquela noite tinha sido uma decisão tola.

Ela ficou sozinha à mesa por muito tempo, até que a empregada perguntou:

— Srta. Isabela, a comida esfriou. Quer que eu esquente de novo?

Ela despertou da própria distração e balançou a cabeça:

Mais acima, havia uma visão sensual quase reveladora.

Mesmo já tendo visto incontáveis vezes, Sérgio admitiu que o corpo de Isabela ainda exercia uma atração inexplicável sobre ele.

Mas, ao notar a testa franzida dela, ele acabou reprimindo o desejo que sentia por dentro.

Isabela, ainda dormindo, sentiu a cama afundar ao lado e, em seguida, um corpo quente se encostar ao dela.

Talvez por estar com os nervos à flor da pele, ela não dormia profundamente.

Por reflexo, ela abriu os olhos e, ao abaixar levemente o olhar, percebeu a mão grande cobrindo seu peito.

Ela não ousou se mexer nem falar.

A respiração acelerou por um instante, mas logo voltou ao normal.

O corpo do homem atrás dela se aquecia cada vez ainda mais. Ela teve medo de se mover, temendo que aquela noite se transformasse em mais uma sem dormir.

Passou um bom tempo até que Sérgio começasse a respirar de maneira constante.

Só então ela soltou um suspiro e se afastou um pouco, tentando se distanciar dele.

No entanto, no instante seguinte, a mão dele sobre seu peito a puxou de volta com força.

— Se não quiser dormir, eu não me importo de fazer um pouco de exercício. — Disse ele.