Isabela voltou a si, apertou os lábios e não disse nada.
Depois de alguns segundos em silêncio, estendeu a mão para Gustavo:
— Eu...
— A Srta. Isabela não quer pensar melhor? Afinal, casamento é coisa séria. — Sérgio, parado ao lado, virou o rosto em direção a ela.
A intenção de alerta nas palavras dele já estava mais do que clara.
Gustavo franziu a testa e respirou fundo antes de dizer:
— Sr. Sérgio, se veio hoje para testemunhar a minha felicidade com a Isa, será muito bem-vindo. Se tem outro objetivo, peço que vá embora.
Ele já estava sendo educado por consideração ao status de Sérgio, do contrário, já teria partido para cima.
Mas Sérgio nem olhou para ele, fixou os olhos apenas em Isabela, como se esperasse a resposta dela.
Isabela lançou um olhar irritado na direção dele, sem entender o que ele queria dizer com aquilo.
Estava com ciúmes, era isso?
Ele sempre foi do tipo que só se envolvia fisicamente, nunca emocionalmente. O que estava fazendo naquele momento?
Depois de pensar um pouco, ela abriu um sorriso obediente e calmo na direção de Sérgio:
— Agradeço o conselho, Sr. Sérgio, mas... — Ela então virou o rosto e, por fim, estendeu de novo a mão para Gustavo. — Eu aceito me casar com você.
Ao ver Gustavo colocar o anel no dedo delicado de Isabela, os olhos de Sérgio se estreitaram ligeiramente.
Gustavo, por outro lado, sorriu, se levantou e a abraçou com entusiasmo, parecendo um galo vitorioso. Olhou para Sérgio e disse, ainda sorrindo:
— Já que o Sr. Sérgio teve a honra de testemunhar nossa felicidade, por que não fica para um brinde?
Sérgio ergueu levemente o queixo, revelando o contorno definido da mandíbula. Seu olhar cortante passou rápido pela mesa de bebidas, e ele apenas molhou os lábios:
— Não precisa. — Dizendo aquilo, ele virou as costas e foi embora.
Isabela apertou levemente os dedos, sentindo uma estranheza que não sabia explicar.
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