— Isa, o pessoal do Grupo Medeiros finalmente disse que o projeto foi aprovado. Nosso trabalho aqui está feito, agora é só colocar em prática. — Suzana se encostou à mesa, soltando um suspiro de alívio.
Isabela ainda nem tinha conseguido se sentar direito e ficou surpresa com a notícia.
— Quando isso aconteceu?
— Hoje de manhã. — Suzana estendeu o documento para ela. — Dá uma olhada, essa é a versão final. Se tiver tudo certo, já vou mandar o pessoal executar.
Isabela deu uma pausa e sorriu levemente.
— Tá bom.
Desde a última vez que tinha visto Sérgio, já devia ter se passado uns dez dias. Sérgio não apareceu mais, nem deu sinal de vida.
Aquele desgraçado sabia mesmo como pegar e largar sem olhar para trás.
Ela apertou os lábios. Era para ser uma boa notícia, então por que aquela sensação estranha insistia em incomodar no fundo do peito?
Suzana, sem ter ideia do que se passava na cabeça dela, se aproximou com um sorriso.
— Srta. Isabela, agora que o projeto finalmente saiu, a gente não devia comemorar? Você mesma viu, né? Esse tempo todo o pessoal quase enlouqueceu de tanto revisar a proposta...
Isabela assentiu com a cabeça.
— Pode ser. Vamos deixar o pessoal se divertir hoje à noite. Mande direto as notinhas para a contabilidade.
Suzana piscou, fazendo graça.
— E você não vai?
Isabela se recostou na cadeira, com o cansaço no rosto.
— Ah, vou deixar para lá... Se eu for, eles nem vão conseguir relaxar de verdade.
Suzana não insistiu, apenas se virou e saiu da sala dela.
Isabela apoiou a cabeça no encosto e, ao fechar os olhos, a primeira imagem que apareceu foi o rosto do Sérgio.
Ela apertou os lábios, pensou por um instante e acabou ligando para o Wellington.
Achou que só podia estar ficando maluca e que precisava de uma bebida para clarear a cabeça.
Wellington sempre foi uma ótima companhia para beber. Além disso, ele tinha mandado mensagem uns dias atrás dizendo que queria conversar sobre um negócio. Assim, ela já aproveitava e resolvia aquilo também.
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