— Gustavo, eu vim aqui hoje para te dar um presente. — Hanna tirou uma caixinha lindamente embrulhada e a estendeu para ele. — Abre, dá uma olhada.
Gustavo franziu levemente a testa, encarou a caixa por alguns segundos, mas no fim a curiosidade falou mais alto. Pegou a caixinha e abriu.
Assim que viu o que havia dentro, o rosto, que até então mantinha um certo charme, escureceu na hora.
— Que porra é essa? — Ele perguntou, balançando o relatório do exame diante dela.
Não havia nenhum sinal de surpresa boa em seu rosto.
Hanna mordeu levemente os lábios e disse:
— Gustavo... Eu estou grávida. É nosso filho. Olha só, já dá até para ver...
— Chega! — Ele a interrompeu com a testa ainda mais franzida. — Fale logo, quanto você quer?
Hanna o encarou, sem acreditar no que estava ouvindo.
— O... O quê?
Gustavo tirou um cigarro do bolso, acendeu com calma, deu uma tragada e a olhou com desprezo.
— Fale um valor. Vamos encerrar esse assunto e você tira esse filho.
Hanna não esperava por aquela reação. Ficou pálida, até os lábios perderam a cor.
Gustavo soltou uma risadinha sarcástica e a encarou de cima.
— Hanna, você não é nenhuma santinha. Foi você que subiu na minha cama e me provocou. E agora querer usar uma criança para me prender? Aproveite que eu ainda tenho paciência e fale logo quanto quer.
Gustavo semicerrava os olhos enquanto a olhava, com um olhar perigoso. Ele detestava ser chantageado.
Para ele, Hanna nunca tinha passado de um brinquedo sexual.
— Gustavo, é o nosso filho... — A voz de Hanna saiu trêmula.
Ela achava que, no mínimo, ele ficaria um pouco feliz, nunca imaginou que ele seria tão cruel.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Preço da Tentação