O REI ALFA QUE SE APAIXONOU POR UMA HUMANA. romance Capítulo 5

POV ALICE.

Eu e mamãe corremos desesperadas em direção à porta do celeiro. Saímos às pressas, ofegantes e tomadas pelo pavor do rosnado que ouvimos.

— Eu te disse que esse lobo ia acordar e nos atacar! O que faremos agora com um lobo selvagem dentro do nosso celeiro? — disparou minha mãe, nervosa, a voz trêmula de medo.

— Calma, mamãe, eu vou resolver — falei, tentando manter a compostura, enquanto espiava pela fresta de madeira. O celeiro estava quieto, silencioso. Lá dentro, o lobo permanecia deitado, imóvel, no mesmo lugar. Senti um alívio imediato.

— Ele continua parado. Acho que rosnou enquanto dormia. Vou entrar para verificar — falei, tentando soar confiante. Minha mãe agarrou meu braço, a preocupação nítida em seus olhos.

— Você está louca? E se ele estiver acordado e te atacar? — murmurou, a voz baixa, temendo até mesmo o som de suas palavras.

— Vou ter cuidado, prometo — comentei, acariciando a mão dela antes de entrar no celeiro. Aproximando-me do lobo, peguei um pedaço de madeira e o cutuquei suavemente. Ele não se moveu. Senti um peso sair dos meus ombros.

— Ele está inconsciente, mamãe. Acho que estava sonhando. Pode entrar, está tudo bem — falei com mais confiança.

— Eu não vou entrar aí! E você deveria sair desse celeiro agora mesmo! — ela retrucou, firme.

— Tudo bem, mãe. Mas preciso cuidar dele — insisti. Depois de muito a convencer, ela, relutante, voltou para casa. E eu fiquei ali, determinada a auxiliar o lobo.

A noite passou lentamente. Não consegui pregar os olhos, tomada pela ansiedade. A cada vinte minutos, verificava se ele ainda respirava, e o som suave de seus pulmões me trazia uma paz temporária. No fundo, o medo de perdê-lo me consumia. O dia seguinte seria minha folga na clínica, e isso me dava algum alívio. Eu teria tempo para dedicar-me totalmente àquela criatura imponente e misteriosa.

Minha mãe, apesar do medo evidente, acabou ajudando, sempre à distância, sem jamais se aproximar demais. Ela temia o lobo, e eu entendia. Mas havia algo nele que me prendia. Ele precisava de mim e eu não podia virar as costas.

Quando o sol começou a surgir, seus primeiros raios atravessando as frestas do celeiro, senti um novo fôlego. O lobo permanecia estável, mas ainda não acordara. Aproveitei o dia para ficar com ele, observando de perto cada pequeno sinal de melhora.

Mais tarde, Dr. Henrique chegou ao sítio. Eu o havia chamado, contando sobre o lobo e seu estado crítico. Ele, curioso e sempre disposto, veio prontamente para examiná-lo. Minha mãe o levou até o celeiro, ainda mantendo aquele olhar de desconfiança. O lobo respirava suavemente, e o Dr. Henrique se aproximou com cautela, mas também com uma espécie de fascínio pelo lobo.

CAPÍTULO CINCO: ESPERANÇA SILENCIOSA. 1

CAPÍTULO CINCO: ESPERANÇA SILENCIOSA. 2

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