NARRADORA
Lyra se levantou ajeitando a roupa e olhando com aqueles olhões confusos.
Ela segurou a vontade de rir na cara dele.
Seu pé descalço se esticou, os dedos deslizando pelo membro exposto do seu macho, acariciando de cima a baixo e fazendo-o vibrar.
—Se continuar se comportando assim tão bem, talvez eu te dê mais presentes quando chegarmos naquela matilha —ela sorriu com charme, resistindo aos próprios desejos.
Drakkar engoliu seco, observando as costas dela se afastando para acender o fogo; o cheiro do sexo molhado dela o deixava cheio de luxúria e algo mais selvagem.
Tocou o peito, onde o laço com seu lobo se contorcia, soltando nós e amarras.
Só de pensar em ter que se separar dela, afundava mais e mais em medos e ideias loucas de mantê-la ao seu lado, de enganá-la pra não levá-la de volta pra casa.
Levantou-se e foi apressado até o rio; precisava clarear a mente e, de quebra, dar um jeito na ereção monumental que carregava.
*****
Com os dois grupos unidos, o caminho até a matilha foi tranquilo.
Lyra mal andou pela selva, foi carregada como uma donzela.
Encontrou muitas plantas interessantes, mas uma em especial a deixou empolgada.
—Olha, Drakkar, com aquelas frutinhas pretas se faz uma bebida deliciosa e refrescante —Lyra sussurrou no ouvido dele, e Drakkar viu os cachos fartos entre os galhos.
Porém, havia um problema: como armazenar a bebida?
Lyra deixou pra lá por enquanto, e toda sua atenção se voltou para a imensa paliçada onde chegaram.
Com orgulho, Verak disse o nome da sua matilha e foram orientados a mostrar o que tinham trazido.
Drakkar tinha caçado nos últimos dias.
Levaram carne, peles não tratadas e o grande escudo de um Brontocérax.
Mas o que parecia impressionante na Matilha do Vale Fértil, ali era visto com desdém.
Lyra entendeu rápido a hierarquia, e quando entraram, se separaram dos aliados temporários.
Na verdade, a cena foi bem constrangedora.
Sem esperar ninguém, Verak seguiu o Alfa aliado, que guiava seu povo por outro portão de segurança.
—Por aqui! —ouviram a ordem de Verak.
Lyra e Drakkar estavam por último, mas Lyra percebeu que Omar, o lobo veterano, queria dizer algo discretamente a Verak.
—Pare aí! Sua matilha não pode entrar no círculo interno —dois guerreiros musculosos o barraram.
—Mas eles entraram! —Verak apontou pros outros, já sumindo no meio da multidão.
—Eles trouxeram coisas valiosas. E vocês? —Os olhos deles olharam com desprezo as velhas bolsas de couro.
A mente de Lyra trabalhava a mil.
Aquelas jarras eram exatamente o que precisava pra guardar a bebida.
Estava decidida a conseguir uma hospedagem confortável pra ela e seu macho.
—Drakkar, pega nossas coisas. Vamos dar uma volta por essa área —disse, sem tirar os olhos da loba dos potes, que se afastava desanimada.
Verak os viu sair e mal conseguia conter a raiva dentro de si.
Tinha se humilhado totalmente diante de Lyra.
—Tem alguma forma de entrar no círculo principal? —perguntou a Omar em voz baixa, enquanto todos estendiam as mantas e exibiam os produtos pro comércio.
—Bem, tem... mas é arriscado e perigoso.
—O que é? —Verak estava decidido.
—É uma luta selvagem entre competidores. Se vencer nessa zona, deixam você competir na central e levar seu grupo —apontou pro portão vigiado na paliçada.
—Onde é que se inscreve? —Verak nem pensou duas vezes, mesmo podendo ser morto na pancada.
Enquanto isso, Lyra estava ali pra fazer negócios.
Ia dormir com seu macho em privacidade, custasse o que custasse.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Rei Lycan e sua Tentação Sombria
Comprei o capítulo e não consigo ler porquê?...
Eu queria continuar lendo...