Resumo de 08. UM GOLPE BAIXO – Uma virada em O Rei Lycan e sua Tentação Sombria de GoodNovel
08. UM GOLPE BAIXO mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O Rei Lycan e sua Tentação Sombria, escrito por GoodNovel. Com traços marcantes da literatura Lobisomem, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
LYRA
— Se você molhar com água quente, as penas saem mais fácil. — Peguei uma tigela de madeira e mergulhei na água fervente.
Ajoelhada na frente dele, comecei a mostrar como era fácil arrancar as penas sem levar metade do bicho junto.
— Assim você faz menos força e depois passa um graveto com fogo para queimar esses pelos duros… viu? — Levantei a cabeça e encarei aqueles olhos negros como a meia-noite.
Minhas bochechas esquentaram um pouco pela proximidade e pela atenção que ele me dava.
— Você pode machucar as mãos, eu faço isso. — Ele falou de repente, tirando o pássaro das minhas mãos e examinando meus dedos.
Meu coração ficou quentinho, e eu tive vontade de beijá-lo, mas senti vergonha de ser tão grudenta logo de manhã.
O animal tinha mais carne do que eu imaginava, pesava vários quilos, e minha mente já estava pensando em como prepará-lo de maneira deliciosa. O problema era a falta de recursos.
— Vou até o rio lavá-lo e jogar fora as vísceras, ou você come isso?
— As tripas? — Meu rosto se contraiu só de pensar no que tinha dentro — Não, não, e você também não vai comer. Prepará-las limpas é muito complicado.
Com um aceno, vi Drakkar se levantar para ir embora.
— Pode trazer mais água? Preciso usar essa… eu… vou me lavar um pouco. — Pedi antes que ele partisse.
— Onde quer que eu coloque a panela? — Ele respondeu, pegando a pedra quente com as mãos nuas, toda enegrecida pelo fogo.
— Aqui, aqui! — Apontei um cantinho discreto da caverna. Precisávamos fazer mudanças para melhorar nossa vida ali.
Drakkar deixou a água fumegante no lugar que indiquei e, sem muitas palavras, pegou um balde de madeira e desceu apressado a montanha.
*****
"Se lava direito, porque hoje quero seduzir meu macho, e você tá uma porquinha."
Suspirei, derrotada, bufando enquanto me despia e começava a passar um pedaço do vestido pelo corpo.
Sempre atenta ao que acontecia lá fora, terminei rapidamente, esfreguei bem e finalmente me senti limpa… em todos os lugares.
Mal estava calçando os botins quando Aztoria me alertou que tínhamos visita.
— Drakkar, você não tem o direito de reivindicar essa fêmea! Ela deve escolher outro macho da tribo! Não vamos deixá-la morrer de fome!
Um estrondo veio da entrada da caverna, e saí para encarar aqueles idiotas.
Olhei para baixo e vi os desgraçados cacarejando como galinhas botando ovos.
Deusa, que bando de incômodos… E, claro, ali estava aquele homem, Verak.
Ele não dizia nada, apenas observava do fundo. Mas eu apostava o que fosse que tinha incitado os outros.
— Nos deixem em paz! O filho do Alfa me disse que eu podia escolher qualquer macho que quisesse! Agora ele não pode voltar atrás com a palavra! — Gritei, furiosa.
— Você não entende as leis desta matilha! Drakkar não tem o direito de reivindicar nenhuma mulher valiosa, apenas os guerreiros mais fortes da tribo! — Um deles respondeu, enquanto outro começava a subir os degraus esculpidos na rocha.
Uma sombra negra avançou sobre Verak e os outros dois guerreiros.
Era Drakkar, enfurecido. Seu corpo musculoso colidiu contra o futuro Alfa.
Os rugidos de combate começaram a ecoar, e meus olhos seguiram os movimentos impiedosos dos dois.
Meu macho era forte. Mas aquele maldito não jogava limpo.
Ao jogá-lo no chão e erguer uma pedra pesada para esmagar sua cabeça, Verak se transformou num enorme lobo cinza e investiu contra Drakkar.
Não importava sua força. Mesmo envenenado e amaldiçoado, ele poderia morrer sob as garras de um lobo poderoso.
Os outros guerreiros apenas esperavam como abutres, prontos para atacar a presa indefesa.
"Argh! Estou com tanta raiva! Posso forçar a transformação e lutar! Vamos, Lyra, desça agora!"
Minha loba Alfa rugiu dentro de mim, cheia de dominação, e senti o estalo do meu corpo mudando.
Eu sabia que essa não era uma decisão inteligente.
Mas eu jamais ficaria parada assistindo meu homem morrer.
Me lancei escada de pedra abaixo, minhas garras faiscando contra as rochas, pronta para lutar.
No exato momento em que minhas roupas começaram a rasgar, um rugido estrondoso estremeceu o vale entre as montanhas.
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