Ricardo, com a voz rouca e tentando ser o mais gentil possível, disse: "Mariana, papai está aqui, não precisa ter medo."
Mariana não se moveu; ela não resistiu, mas também não se aconchegou em seus braços.
Ela apenas ficou lá, imóvel, como uma boneca delicada.
No entanto, uma reviravolta ocorreu em um instante.
Quando estava prestes a deixar o colo de Adelina, ela teve uma reação extremamente forte!
Ela agarrou a roupa de Adelina com força, jogando-se em seus braços e recusando-se a soltá-la!
Essa reação surpreendeu a todos.
Ricardo e Leonardo mudaram de expressão e olharam para Adelina.
Adelina reagiu rapidamente, pegando Mariana de volta em seus braços e falando com ela gentilmente.
"Mariana, você me reconhece?"
Mariana olhou para ela timidamente e acenou com a cabeça.
Com esse simples gesto, seus olhos rapidamente se encheram de lágrimas novamente, e ela se enterrou profundamente no colo de Adelina.
Algo no fundo do coração de Adelina foi tocado, uma sensação de se misturar emoções desconhecidas começou a surgir.
Ela acariciou suavemente as costas da menina, com gestos e palavras igualmente gentis.
"Mariana, querida, não chore mais, senão seus olhos ficarão machucados."
Mariana soluçou mais algumas vezes e, sob os olhares de todos, estendeu a mão para envolver o pescoço de Adelina.
Ela se aconchegou no colo de Adelina, mostrando total confiança.
Leonardo ficou perplexo.
Sua expressão era quase como se tivesse visto um fantasma.
A expressão de Ricardo também era indecifrável, complexa.
A diretora e os dois professores estavam igualmente surpresos, ainda mais curiosos sobre Adelina.
Qual seria a relação desta mulher com o Sr. Carvalho? E por que a pequena herdeira da família Carvalho dependia tanto dela?
Cada um tinha seus próprios pensamentos, e havia uma atmosfera indescritivelmente estranha no ar...
Quando a pequena finalmente estabilizou as emoções, já havia passado mais de meia hora.
Ela obviamente estava exausta de tanto chorar e adormeceu nos braços de Adelina.
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