Adelina foi acordada no meio da noite por um barulho, e ficou extremamente irritada.
Desde que chegou à família Carvalho, ela quase não teve uma boa noite de sono.
As batidas na porta continuaram, e ela, irritada, levantou-se para abrir a porta.
Antes que pudesse reclamar, ficou surpresa ao ver Mariana estendendo os braços, inclinando-se para que Adelina a pegasse no colo.
Ela hesitou por um instante, mas quase por reflexo, acolheu a menina em seus braços.
Mariana finalmente conseguiu o que queria; assim que estava nos braços de Adelina, aconchegou-se e esfregou suavemente a cabeça, toda carinhosa.
Adelina ainda estava confusa, e levou alguns segundos antes de olhar para o homem parado do lado de fora da porta.
"O que está acontecendo? Por que ela está assim?"
Ricardo não parecia bem; ele não respondeu à primeira pergunta de Adelina e, com uma expressão preocupada, explicou que a menina havia levado um susto e não queria dormir.
"Ela está muito assustada, parece ter medo de algo, e às vezes treme. Joana disse que, se continuar assim, pode ficar doente. Você tem alguma experiência com isso?"
Adelina ficou surpresa ao ouvir aquilo.
Ela olhou para baixo e percebeu que os olhos da menina estavam inchados e seu rosto ainda tinha marcas de lágrimas.
A aparência lamentável dela fez com que seu coração se apertasse involuntariamente.
"O que a assustou hoje?"
Ricardo balançou a cabeça. "Não sei. Perguntamos várias vezes, mas ela não diz nada."
Adelina especulou: "Será que aconteceu alguma coisa na creche durante o dia? Mas esta noite, não ouvi Marcelo ou Daniel mencionarem nada."
Ricardo ponderou por um momento e negou.
"Não deve ser isso. Quando eu a busquei na escola, estava tudo bem. Foi depois de irmos à casa da minha mãe que ela começou a chorar muito, e à noite deve ter tido um pesadelo, por isso está com tanto medo."
Adelina estava intrigada e não conseguia entender a situação.
Ela decidiu aproximar o rosto de Mariana, encostando testa com testa, e perguntou suavemente.
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