O Retorno da Deusa Médica romance Capítulo 216

O projeto de pesquisa desenvolvido pelo instituto havia chegado a uma fase crucial.

Ela fez as contas e concluiu que provavelmente teria que passar muito tempo lá hoje, sem saber a que horas conseguiria voltar.

Miguel respondeu com um “ah”, e disse: “Certo, então vamos descer.”

Adelina aproximou-se para ajudá-lo.

“Ei, minha filha, realmente é muito esforço de sua parte. O trabalho é tão exaustivo, e ainda assim você precisa me tratar todos os dias. Deve ser bem cansativo, não?”

Adelina sorriu. “Não se preocupe, estou conseguindo lidar bem. O senhor só precisa se concentrar no tratamento, não precisa se preocupar com mais nada.”

Enquanto conversavam, entraram na sala de atendimento médico.

Adelina ajudou o idoso a deitar-se na cama hospitalar e começou a desinfetar as agulhas de acupuntura, preparando-se para o procedimento.

Miguel pareceu lembrar de algo e falou, lentamente:

“Aliás, Adelina, hoje provavelmente teremos muitos convidados aqui na mansão. Talvez não façam barulho onde você fica, mas, caso alguém acabe invadindo seu espaço sem querer, não precisa se preocupar comigo. Resolva da forma que achar melhor, não hesite.”

Adelina entendeu imediatamente.

Mais cedo, enquanto vinha para a casa principal, havia passado pelo Terraço Leste do Atlântico, onde Maria morava, e percebeu que o local estava muito movimentado.

Parecia que finalmente havia chegado o aniversário de Maria, e agora estavam ocupados organizando a festa.

Dado o estilo extravagante daquela mulher, certamente não faltariam convidados.

Ela se lembrou de um episódio no escritório de Ricardo, quando encontrou Maria por acaso, e sentiu um leve desprezo.

Miguel ainda não estava recuperado, e aquela mulher já agia com tamanha indiferença.

Nem mesmo os constantes alertas e advertências de Ricardo foram capazes de impedir a sua determinação em promover uma grande festa de aniversário.

Realmente… continuava sendo tão egoísta quanto sempre fora.

Era até irônico que uma família tão tradicional e poderosa como os Carvalho, conhecida por sua disciplina, tivesse como matriarca alguém como ela!

Adelina não gastou muito tempo nem energia pensando em Maria, apenas assentiu com indiferença.

“Sim, nem sei a que horas vou voltar hoje à noite. Imagino que, quando eu retornar, a festa já terá terminado. Fique tranquilo, não vão me incomodar.”

Após uma breve pausa, ela acrescentou, em tom de gratidão: “Obrigado, vovô Miguel.”

A residência estava completamente iluminada, repleta de convidados.

Embora Maria tivesse sido proibida de organizar uma grande festa, ainda assim, muitas damas da alta sociedade haviam sido convidadas para celebrar seu aniversário.

Antes do início oficial do evento, Fernanda se preparou cuidadosamente em seu quarto no segundo andar.

Ela havia gasto uma quantia considerável para reservar, com antecedência, um vestido de alta costura.

O longo vestido de tule rosa claro, ombro a ombro, realçava sua silhueta, tornando-a ainda mais elegante e esguia.

Beatriz a observou atentamente e não poupou elogios.

“Fernanda, você está realmente deslumbrante. Esta noite, com certeza, será a mais destacada entre todas as damas da sociedade! Daqui a pouco, quando você aparecer ao lado de Maria, ninguém duvidará que você é a Sra. Carvalho. É uma oportunidade maravilhosa, não a deixe escapar!”

Fernanda se olhou repetidas vezes no espelho, satisfeita com sua própria beleza.

Determinada, assentiu com confiança, os olhos brilhando de expectativa.

O sucesso ou o fracasso dependiam daquela noite, e ela estava decidida a conquistar o que desejava!