O Retorno da Deusa Médica romance Capítulo 301

Ricardo Carvalho não respondeu.

No entanto, ambos sabiam muito bem, a resposta era bastante óbvia: Fernanda Martins.

Se alguém, atualmente na família Carvalho, mais desejava a saída de Adelina Martins, certamente só poderia ser Fernanda.

"Mas... será que ela realmente teria coragem de envenenar a senhora?"

Leonardo Rodrigues ainda não tinha certeza absoluta.

"De qualquer forma, a única pessoa a quem ela poderia se apegar seria a senhora. Esse plano é realmente arriscado demais. Se fosse descoberta, ela não acabaria completamente destruída?"

Foi quando Henrique, que estava de pé ao lado, interveio.

"Esse plano é arriscado, sim, mas a chance de sucesso é grande, pois todas as suspeitas recaem sobre Sra. Martins. Basta provocar uma forte aversão da madame em relação à Sra. Martins, como aconteceu hoje. Se não fosse pela chegada do meu patrão a tempo, muito provavelmente Fernanda teria conseguido. Nem seria necessário investigar tudo a fundo; bastaria expulsar a Sra. Martins, e o assunto ficaria por isso mesmo."

Leonardo estalou os dedos, concordando plenamente com o raciocínio dele.

"Está certo. Afinal, quem não arrisca não petisca."

Ricardo ouvia em silêncio, com o semblante cada vez mais carregado.

Embora não expressasse sua opinião, ficava claro que passava a acreditar cada vez mais nessa hipótese.

Leonardo soltou um riso sarcástico, com tom cheio de escárnio.

"Nem vou comentar. Só pela ambição daquela mulher, já seria capaz de algo do tipo. Ela fez de tudo para casar com você, realmente não mediu esforços, usou todos os meios possíveis. Se isso realmente foi obra dela, seria mesmo algo cruel e insano."

Uma mulher assim, seria digna de casar com Ricardo?

Só se fosse em sonho!

Henrique de repente se lembrou de algo e falou novamente.

"A propósito, antes de Fernanda ser chamada pelo presidente para voltar para casa, ela se despediu de todo mundo, fez questão que toda a família Carvalho soubesse, como se tivesse medo de que alguém não soubesse que ela iria embora. Depois de uma semana, a madame adoeceu de repente. Será que..."

Dez minutos depois, Gustavo chegou apressado.

Ele já estava descansando quando foi chamado de repente, ainda estava um pouco confuso.

"Sr. Carvalho, o senhor... o senhor me chamou?"

Ricardo foi direto ao ponto. "Aquele remédio, quanto tempo leva para fazer efeito?"

Gustavo ficou surpreso, mas logo entendeu que se referia ao medicamento detectado no corpo da madame.

"Bem, isso é difícil de determinar com precisão." Ele respondeu com cautela, escolhendo bem as palavras.

"Depende da constituição individual e das condições físicas no momento. Se a pessoa estiver debilitada, pode agir no mesmo dia. Mas se a pessoa for saudável, pode demorar um ou dois dias a mais."

Leonardo imediatamente confirmou: "Ou seja, pode demorar mais de uma semana para manifestar os sintomas?"

Gustavo assentiu. "Sim, existe essa possibilidade."