O Retorno da Deusa Médica romance Capítulo 348

Ela realmente poderia não ter tirado aquele remédio.

Fazer isso não passava de uma forma de dar uma lição no temperamento da mãe.

No fundo, não havia nada de errado nisso.

Se ela estava disposta a ajudar, a família Carvalho deveria ser muito grata.

Ao voltar para o sítio, ele foi direto para o Condomínio do Sol Nascente do Sul.

Nesses dias, Mariana, todas as tardes depois da escola, ia direto ao Condomínio do Sol Nascente do Sul.

Por um lado, queria ver os filhotes de cachorro e gato; por outro, gostava de ficar grudada em Adelina e nos dois irmãos mais velhos.

Ao pensar nisso, Ricardo sentiu um leve aperto no coração.

A menina realmente estava mais extrovertida do que antes.

Porém, ela ia ao Condomínio do Sol Nascente do Sul com mais frequência e passava mais tempo lá do que com ele, seu próprio pai.

Comparando assim, ele sentia-se até um pouco deixado de lado.

Afinal, era a filha querida que ele cuidara com tanto zelo por anos, e, no fim, parecia menos próxima que Adelina, que havia chegado há apenas alguns meses.

Só de pensar nisso, já se sentia melancólico.

Ele entrou na casa carregando uma caixa de doces, e logo ouviu as crianças rindo alto.

Desde que Flor mordeu Adelina pela última vez, ficou abatido por dois dias, mas depois voltou ao normal.

Talvez por perceber que tinha cometido um erro ao morder sua dona favorita, o bichinho ficou muito triste.

Nos dois primeiros dias, não latiu, ficou deitado no chão, com um ar de culpa, claramente arrependido.

As três crianças ficaram com muita pena dele e todos os dias tentavam animá-lo de alguma forma.

Nos últimos dois dias, Flor finalmente voltou a ser animado, e os pequenos puderam, enfim, respirar aliviados.

Assim que entrou, Ricardo viu Fido, com o rabo empinado, desfilando em sua direção.

O gato levantou a cabecinha, cheirou a caixa de doces e, em seguida, inclinou a cabeça, esfregando-se na calça de Ricardo, de maneira adorável.

Ricardo, para falar a verdade, nunca se interessara muito por cães e gatos.

Mas, por algum motivo, cada vez que chegava ali e via aquela cena, seu coração, antes tão frio, começava misteriosamente a se derreter.

“Olha só, Sr. Carvalho, o Fido gosta mesmo de você!”

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