Naquela noite, ao voltar para casa, Adelina ainda sentiu-se um pouco nas nuvens.
As atitudes de Ricardo para com ela deram-lhe uma sensação de estar envolta em névoa, sem conseguir entender exatamente o que se passava.
Ricardo também não explicou nada. Limitou-se a observá-la com calma, achando graça no seu ar confuso.
Quando ambos chegaram à suíte, Leonardo já havia retornado com as três crianças.
“Ricardo, Sra. Martins, vocês voltaram, como foi o passeio?”
Enquanto perguntava, Leonardo observava atentamente as expressões dos dois.
Adelina respondeu de forma vaga: “Sim, foi bom...”
Ricardo não respondeu, apenas sorriu levemente e chamou Mariana, perguntando: “Você se divertiu hoje?”
Mariana assentiu com a cabeça, a testa coberta de suor, alguns fios do cabelo colados à pele.
“Hoje brinquei bastante com meus irmãos e com o Sr. Leonardo... Foi muito divertido, muito mesmo!”
Ela jamais havia brincado com tanta liberdade antes, e ainda parecia não ter aproveitado o suficiente.
Marcelo e Daniel também se aproximaram.
“Mamãe, olha, estes são nossos troféus de hoje! Ganhamos todos brincando nos jogos!”
Eles exibiram orgulhosamente uma porção de brinquedinhos.
Daniel ainda fez força para pegar o grande coelho de pelúcia que estava no sofá.
“E tem este aqui também! Ganhamos o prêmio principal acertando no jogo de tiro! Mariana gostou, então nós ganhamos especialmente para ela!”
Mariana sorriu de felicidade, foi até o coelho e o abraçou com doçura, demonstrando toda sua fofura.
“Mariana gostou muito, obrigada, irmãos...”
Ao ver o rosto feliz das crianças, Adelina também relaxou.
“Pronto, já está tarde, vamos, vou levá-los para tomar banho e dormir cedo; amanhã teremos mais diversão.”
Mariana sorriu docemente e logo se aproximou.
“Então, senhora... Amanhã podemos brincar juntos? Mariana quer ficar... quer ficar com a senhora.”
Ao ver quanto a menina lhe era apegada, Adelina sentiu-se tocada.
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