Adelina seguiu o caminho, pisando em cada ladrilho familiar sob seus pés.
Foi só quando ela entrou na ala médica que se sentiu um pouco deslocada.
Quando se casou com a família Carvalho, ainda estava apaixonada, com a cabeça cheia de maneiras de agradar Ricardo, razão pela qual quase não visitava esse lugar.
Agora, olhando para trás, ela se sentia tola por ter negligenciado um tesouro tão valioso.
Em três anos, poderia ter se dedicado a estudar esse ambiente e aprendido muitas coisas valiosas.
Com um suspiro, ela não pôde deixar de desaprovar suas escolhas passadas, balançou a cabeça e deixou esses pensamentos de lado.
"Se não houver mais nada, começarei imediatamente. Por favor, Sr. Carvalho, saia e não deixe que ninguém me interrompa."
Ao ver sua atitude profissional, Ricardo levantou uma sobrancelha.
Sem dizer uma palavra, ele se virou para sair.
Foi então que ele notou uma pequena seguidora.
Mariana, abraçada a sua amada ovelhinha, também a seguiu, agora observando Adelina com expectativa.
Ricardo sentiu uma pontada na testa, pegou a mãozinha dela e a levou embora.
A garotinha obedientemente a seguiu, mas quando chegaram ao lado de fora, ela puxou a mão do pai.
Ricardo baixou a cabeça e viu a garotinha sorridente perguntar: "A bela senhora… vai ficar aqui por muito tempo?"
Os olhos de Ricardo brilharam levemente de espanto.
Antes, essa garotinha mal dizia uma palavra por semanas.
Mas, desde a chegada daquela mulher, a garotinha estava falando muito mais, até mesmo iniciando conversas.
Era quase inacreditável.
Ele juntou os lábios e disse a ela: "Não vai demorar muito, talvez apenas alguns dias."
Ao ouvir isso, a garotinha pareceu um pouco decepcionada.
Mas, pensando bem, ela achou que alguns dias assim também seriam ótimos - pelo menos, nesses dias, poderia ver a bela senhora todos os dias.
Ah... a senhora vai trabalhar bastante, então com certeza vai ficar com sede…
O que será que ela gostava de beber? Café? Leite? Ou suco?
E quanto a frutas? Ela gosta de bolos, biscoitos e outros doces?
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