O Retorno da Deusa Médica romance Capítulo 442

Adelina respirou fundo, forçando-se a manter a calma.

“O que aconteceu exatamente? Por que o Caio, do nada, sofreu um acidente de carro? E como as crianças desapareceram?”

“Hoje, o Caio foi buscar os pequenos senhores na escola e, no caminho de volta, percebeu que estava sendo seguido. Para despistá-los, ele mudou de rota, mas o outro lado estava claramente preparado e já o esperava. Eles o cercaram, e o carro bateu em uma árvore. O Caio desmaiou na hora. Quando chegamos, os pequenos senhores já não estavam mais lá.”

Décio parecia culpado e se sentia muito responsável.

“Se tivéssemos chegado antes, os pequenos senhores não teriam sido levados. Senhorita, a culpa é nossa.”

Adelina ouvia sua descrição e, em sua mente, imaginava a cena, seu coração afundando.

“Agora não é hora de procurar culpados, o importante é encontrar as crianças!”

Com Marcelo e Daniel desaparecidos, ela não tinha cabeça para pensar em mais nada.

“As câmeras de segurança de todas as ruas foram verificadas?”

“Sim, mas o outro lado se preparou e apagou as gravações antes.”

“Então, encontre alguém para recuperá-las. A maneira mais rápida é através das gravações das câmeras. É crucial encontrar o veículo culpado, Marcelo e Daniel com certeza estão nele!”

“Sim, a polícia já está trabalhando na recuperação.”

Décio respondeu, enxugando o suor da testa.

“Senhorita, por favor, não se desespere. Quem quer que tenha se dado a tanto trabalho para levar os pequenos senhores, certamente tem outras intenções. Por enquanto, não devem fazer nada contra eles.”

Embora fosse provável, Adelina não ousava depositar suas esperanças em probabilidades.

Só de pensar que Marcelo e Daniel estavam agora nas mãos de sabe-se lá quem, seu coração se apertava de dor.

Será que eles estavam com medo? Estavam feridos?

Embora soubessem lutar um pouco, ainda eram apenas duas crianças.

Se o outro lado estivesse em maior número, com adultos fortes, eles não teriam como se defender.

A mão de Adelina, ao lado do corpo, se fechou em um punho tão apertado que as unhas cravaram na palma, mas ela não sentiu a dor.

Ela cerrou os dentes e disse, palavra por palavra: “Então foram vocês que fizeram isso!”

Denise riu com desdém. “Chega de conversa fiada, Adelina. Se você ainda quer ver seus dois bastardos, venha agora mesmo, sozinha, para a casa da família Martins!”

Ela repetiu: “Lembre-se, você só pode vir sozinha. Nem pense em trazer ninguém, senão, você nunca mais verá seus dois bastardos!”

Dito isso, a velha senhora desligou o telefone abruptamente.

O rosto de Adelina estava lívido, seus olhos cheios de uma frieza cortante.

Ela estava tão desesperada que não havia pensado nisso.

Quem se daria a tanto trabalho para levar as duas crianças certamente estava atrás dela.

O objetivo era usar as crianças para ameaçá-la.

E as únicas pessoas que fariam isso eram a família Martins!