Daniel piscou e estendeu a mão para pegar a mão de Mariana.
"Venha, Mariana, vamos levá-la para lavar as mãos."
Quando viu os dois meninos, a garotinha ficou ainda mais animada, com expressões faciais vívidas e alegres.
Ela assentiu, colocou a ovelhinha de lado e seguiu-os até o banheiro...
Depois do café da manhã, Adelina subiu para se arrumar, trocou de roupa e se preparou para voltar ao trabalho na casa de Ricardo.
No entanto, assim que desceu, ouviu um tumulto do lado de fora.
"...Me deixem entrar! Quero ver quem é que vai se atrever a me impedir!"
Era uma voz de mulher, bastante estridente.
Como ela estava um pouco distante, Adelina não conseguiu identificar quem era.
"Tem alguém do lado de fora?" - Ela perguntou, intrigada.
Ana, limpando as mãos, saiu da cozinha: "Sra. Martins, espere um pouco, vou ver."
Antes que Ana terminasse de falar, os dois meninos já tinham saído correndo.
Em menos de meio minuto, eles voltaram, com expressões irritadas.
Adelina, curiosa, perguntou: "Quem é?"
Daniel, com as mãos nos quadris, respondeu: "É aquela mulher má de ontem! Ela certamente não tem boas intenções!"
Marcelo, igualmente indignado, acrescentou: "Mamãe, não precisa se preocupar, nós vamos cuidar disso!"
Adelina ficou surpresa, Fernanda?
Mas Fernanda, que sempre se fez de inocente, não gritaria assim, certo?
Enquanto estava pensando nisso, Ana também voltou, com uma expressão preocupada.
"Sra. Martins, é a Srta. Fernanda e a mãe dela, elas... querem falar com a senhora."
O coração de Adelina deu um salto e ela entendeu imediatamente.
Não era de se admirar que a voz soasse familiar.
Era sua antiga mãe adotiva, Beatriz Ferreira.
A mesma pessoa que, anos atrás, a tratou como nada.
E nem precisava adivinhar que a visita de hoje não era por um bom motivo.
Por um momento, o desgosto tomou conta de seu coração, e Adelina não queria vê-las.
Mas ela sabia que era impossível ignorar essa situação.
Se ela evitasse isso naquele dia, Beatriz poderia voltar todos os dias para causar problemas.
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