Ela pretendia apenas descansar os olhos no sofá, mas acabou adormecendo.
A noite estava adiantada, e faltava pouco para o dia terminar.
Ricardo, que fora chamado de última hora para resolver assuntos de trabalho na empresa, finalmente retornou.
Ao entrar, notou que a sala estava com as luzes principais apagadas, apenas uma luminária de chão estava acesa e com a luz diminuída.
Normalmente, não importava a hora que ele chegasse, a casa estava sempre iluminada. Por que estava diferente hoje?
Intrigado, ele entrou e, ao contornar o sofá, ficou surpreso ao ver Adelina deitada de lado.
Ela estava com os olhos fechados, parecendo tranquila e em paz, claramente adormecida.
Aquele temperamento às vezes espinhoso parecia ter desaparecido, deixando-a tão suave quanto um gato dócil.
Ricardo permaneceu parado, observando-a por um tempo.
Foi só com a chegada do mordomo que ele desviou o olhar.
"Senhor, o senhor retornou."
"Sim." - Ricardo afrouxou a gravata: "Como está o avô?"
"A situação do senhor finalmente se estabilizou."
O mordomo suspirou: "Tudo graças à Sra. Martins, que trabalhou a noite toda. Ela estava exausta e tirou um tempo para descansar."
Ricardo assentiu, tomando cuidado para não acordar Adelina, e foi até o porão para ver seu avô.
Gustavo estava ao lado da cama, e ao ver Ricardo, cumprimentou-o com respeito.
"Sr. Carvalho, o senhor está de volta. A febre de Sr. Miguel baixou bastante e agora está em torno de trinta e sete graus, o que é estável e sem anormalidades no momento."
Ele relatou, aproveitando para elogiar Adelina.
"Para ser honesto, no início, achei que a Sra. Martins, sendo tão jovem, não teria muita habilidade, mas hoje me surpreendi. Ela realmente tem um dom para a medicina. Embora eu seja muito mais velho, devo admitir que não sou tão bom quanto ela..."
Ricardo já havia testemunhado suas habilidades antes, então não ficou surpreso.
Ele não disse muito, apenas confirmou que o avô estava melhorando e instruiu: "Fiquem atentos."
Depois disso, ele voltou ao salão.
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