- Ele é responsável do Município Santa Kiara e claro que não pode sair, com um acontecimento tão grande dali...
Após uma breve pausa, ela continuou perguntando:
- E a cunhada?
Rogério pausou um pouco a escrita e disse em voz indiferente:
- Ela pode voltar se quiser. Se não quiser, ninguém a obriga...
Essa fala não faz sentido. Wikolia foi embora para fazer as malas.
Ela até demorou mais de uma semana no Município Santa Kiara sem perceber. O tempo voa...
Provavelmente a passagem daqui foi agradável demais, lhe dando uma sensação de que o tempo passou rápido.
Se não visse aquela cena hoje de manhã, ela ficaria ainda mais alegre...
Ela não tinha muita bagagem e não precisava arrumar muito. Basta colocar tudo nas malas.
Ela se deitou depois da arrumação, mas o homem ainda não terminou o trabalho. Observando um pouco, Wikolia se encolheu sozinha ao cobertor frio.
Os documentos acumulados nesses dias foram muitos e se encontravam na mesa quase como um morro.
Ele mudava a posição de vez em quando, franzia as sobrancelhas e comprimia os lábios finos ocasionalmente. O toque dos dedos longos na mesa gerou um som claro.
A seguir, ele parecia perceber algo. Percorrendo o olhar para aquela figura magra, que estava dormindo na cama, ele suspendeu o movimento da mão.
Esse som claro, tal como uma canção de ninar ressoando aos ouvidos, parou justamente no momento em que Wikolia estava meio sonolenta.
Ela não se acostumou e olhou para o lado com os olhos semicerrados. Viu o homem percorrer o olhar por ela e pausou o movimento da mão, parecendo...ter medo de a acordar...
Com um sorriso no canto de lábios, Wikolia fechou os olhos e adormeceu gradualmente...
...
Na enfermaria do hospital.
O relógio bateu as 10h00. Roseli, encostada no leito e imersa em ponderações, fez um suspiro e estava prestes a se deitar.
Nesse momento, veio um som de pegadas. Sérgio abriu a porta e entrou:
- Ainda não dormiu?
- Estou para dormir. Irmão, eu estou com sede. Por favor, me traga uma água.
Ela quase não bebeu água durante todo o dia, mas sentia sede quando ia dormir.
Seguindo a palavra dela, Sérgio lhe serviu uma água.
Roseli recebeu a água com a mão direita e sentiu um perfume. Era uma fragrância frutada meio forte mas não agressiva, cheia de sedução.
Se ela não se enganava, esse perfume vinha do corpo de Sérgio...
Ela agarrou o terno de Sérgio e cheirou minuciosamente, além de notar uma marca de batom cor-de-rosa no colar branco dele.
- O que está fazendo? Porque agiu como um cachorro? - Sérgio a olhou resignadamente.
Roseli, por sua vez, mudou de cara e disse seriamente:
- Diga honestamente se você tem mulher lá fora?
Apesar de uma mudança ligeira de expressão, Sérgio não queria admitir, só negando e pedindo que ela parasse de disparatar.
- Sérgio, você não tem como me ocultar. Com o perfume feminino no corpo e marca de batom no colar, você acha possível esconder a verdade? A intuição da mulher é sempre inequívoca.
Apontando o seu colar com o dedo longo, Roseli revelou as evidências concretas em voz leve.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Romance Amoroso Oriental
No primeiro capítulo ele já tem que ir pro xilindró...
Cadeia, isso é estupro de incapaz. CADEIA, depois que sair da cadeia conversam. Antes ele tem que ser preso....
Gente estou em cólicas por novas atualizações....
Por favor libera mais capítulos da história de Wikolia e Rogério, já faz muito tempo que atualizou pela última vez,eu amo essa história e estou ansiosa pra lê a continuação...
Adorei a história porém acho que demora muito as atualizações dos episódios....