"Senhora, quem você está procurando? Você marcou horário?"
Jenna tinha acabado de chegar na recepção quando a secretária de Hansen perguntou com um ar frio e arrogante.
Jenna se sentiu triste. Depois de tantos anos casada com Hansen, ninguém sabia que ela era a esposa do presidente, ninguém a reconhecia. Ela nunca tinha pisado naquele lugar. Hoje ela estava ali, mas para pegar a certidão de divórcio.
"Fui convidada por Hansen." A voz de Jenna era fria. Os fracos eram intimidados e os fortes eram temidos.
De fato, quando a secretária ouviu o nome de Hansen, pegou o telefone.
"Senhora, por favor, entre." A secretária sorriu e acenou com a mão, educada, para Jenna.
Jenna passou por ela e entrou no escritório do presidente.
Dentro do luxuoso escritório estruturado, as janelas eram claras e as mesas estavam limpas. Era único.
Hansen era um homem de muito bom gosto. Sua vida sempre foi requintada. Embora a estrutura do escritório fosse luxuosa, não era berrante.
A ampla escrivaninha vermelha estava de um lado. No sofá de couro bege diante dela, Hansen estava recostado. Aria, que tinha o corpo delicado, estava sentada em sua coxa, com as mãos em volta do seu pescoço, e com o peito encostado ao peito largo dele.
Os dois estavam se beijando de um jeito apaixonado.
Jenna ficou atordoada. Seu corpo inteiro tremeu. Ele havia pedido que ela fosse ao escritório para pegar a certidão de divórcio apenas para humilhá-la.
Sentindo o coração dolorido e desconfortável, ela se virou para sair.
"Pare." Hansen exclamou com frieza. Embora estivesse beijando Aria como se não houvesse mais ninguém, ele tinha visto Jenna.
As pernas de Jenna mal podiam se mover.
"Querida, nos dê licença." Hansen disse, interrompendo o beijo quente. Seu longo braço rodeou a cintura de Aria, e sua mão se movia inquieta.
"Por quê, querido?" Aria, comportada e gentil, fazia beicinho e agia de forma fofa.
"Seja obediente." Hansen franziu um pouco a testa e disse em tom mais frio: "Tenho algo a fazer. Vou levá-la para pegar os presentes de seu pai mais tarde."
"Sério?" Aria arregalou os olhos cheios de emoção. Feliz, ela se levantou, obediente.
Hansen havia concordado em conhecer o pai dela. Isso significava que ele concordava em se casar com ela! As lindas bochechas de Aria coraram de felicidade. Seus olhos brilhavam. Finalmente, aquele dia estava chegando.
Hansen esboçou um sorriso, mas seus olhos se voltaram para Jenna.
Era como se o coração de Aria estivesse cheio de mel e ela saiu satisfeita. Quando passou por Jenna, ergueu a cabeça e a olhou com desdém.
Em pouco tempo, havia apenas os dois no escritório.
O coração de Jenna já estava tomado de decepção. O cheiro forte de Aria continuava ali, como um lembrete do que aconteceu.
Jenna estava muito desconfortável e se sentia tonta.
"Onde está?" Ela se acalmou e estendeu a mão. Só queria acabar com aquilo o mais rápido possível e evitar a humilhação! Ela não queria mais ficar ali.
"Não se preocupe!" Hansen sorriu com maldade e se levantou do sofá, aproximando-se dela. Seu rosto bonito estava cheio de perguntas e zombaria: "Tanta pressa para se divorciar! Já tem um amante?"
Jenna estava com raiva, mas sorriu com doçura. Queria dar um tapa nele. Ele é que a havia forçado a se divorciar o tempo todo, mas agora parecia que ela é que ansiava por aquilo.
"Sr. Richards, não somos mais parentes. Por favor, me respeite." Ela estava inexpressiva. Seus olhos, frios como gelo. Sua voz, dura. Aquela era a primeira vez em vários anos que ela falava de forma tão dura com ele.
Hansen ficou atônito por um momento, e seus olhos escureceram. Como Jenna ousava falar com ele daquela forma? Logo ele se lembrou de que eles haviam se divorciado. Um nó se formou em sua garganta e seu coração sentiu um pouco a perda.
Ele a encarou com olhos ardentes, lembrando-se da noite anterior, e os cantos de sua boca se curvaram um pouco.
O rosto sombrio e bonito de Hansen apareceu diante dela.
Após um momento de choque, Jenna quis fugir.
A mão grande e forte de Hansen agarrou seu braço. Jenna estava muito magra, como se fosse quebrar. A força que a segurava se abrandou e a segurou diante de seu peito. Suas respirações estavam conectadas, e ele podia sentir sua fragrância única. Ele hesitou, mas havia um traço de raiva em seu coração. Ela era uma mulher tão frágil, mas mais orgulhosa e fria do que qualquer outra!
"Daqui a quinze dias é o aniversário de 90 anos da vovó. Óbvio que ela quer ver você. Espero que possa ir." Hansen hesitou, com um tom duro.
Ele estava pedindo algo a ela?
Hansen não sabia o que Jenna havia feito para encantar a avó. Naquele dia, sua avó havia mesmo dito que ia ver Jenna em sua festa de aniversário.
Ele respeitava muito sua avó e não queria contrariá-la. Afinal, ela já tinha 90 anos. Então ele pediu que ela fosse buscar a certidão de divórcio. Na verdade, ele estava implorando. Afinal, eles já haviam se divorciado.
"Por favor, me solte." Jenna franziu a testa e virou o rosto para evitar a respiração dele. Ela se sentia triste. Estava casada há tantos anos, e ele nunca havia falado com ela daquela forma. Agora ela estava divorciada. Por sua avó, ele implorava. Jenna disse, "Você deveria levar Aria. De qualquer forma, a verdade virá à tona."
O lindo rosto de Jenna estava pálido e magro, e seus olhos, desesperados e frios. As palavras dela foram indiferentes e decisivas.
Ela estava sem esperanças. Quando a porta do elevador se abriu, Hansen viu uma Jenna frágil e triste. Ao longo dos anos, ele a tratava como uma ninguém e nunca prestava atenção nela. Mas agora, ele podia sentir sua tristeza.
Ele soltou a mão dela e deu um passo para trás.
Jenna fugiu das mãos dele.
Ela cambaleou e quase caiu.
Hansen pensou, preocupado: "Aconteceu alguma coisa com ela?"
"Você merece isso, Jenna! Faz bem para você ficar triste." Então o ódio súbito em seu coração encobriu aquela preocupação inexplicável.

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