O Romance Entre A Senhora Rica E O Bonitão Milionário romance Capítulo 116

Julieta despertou confusa e sonolenta apenas na tarde do dia seguinte.

Maurício não conseguira fechar os olhos por um momento sequer.

Ele havia ligado várias vezes para o médico.

Ao saber que Julieta respirava tranquilamente, estava com a temperatura normal e dormia profundamente, o médico o tranquilizou dizendo para não se preocupar e deixá-la descansar.

Mesmo assim, ele permanecia preocupado.

Ao ver que Julieta finalmente acordara e abrira os olhos, ele se encheu de alegria: "Julieta, você acordou? Como se sente? Está com fome? Quer tomar um mingau?"

Julieta demorou um pouco para se situar e então perguntou: "Que horas são?"

"São três da tarde" - Maurício respondeu, segurando a mão dela e beijando-a suavemente: "Nós só conseguimos dormir depois das cinco da manhã. Você perdeu o café da manhã e o almoço, deve estar com fome, não?"

Julieta balançou a cabeça negativamente: "Não estou com fome. Quem foi que me atacou ontem à noite?"

Seu primeiro suspeito foi Heitor, afinal, ela havia se colocado em seu caminho.

No entanto, Maurício revelou um nome surpreendentemente diferente: "Foi a Clarissa! Aquele homem de cabelos amarelos é amigo dela. Na verdade, foi uma coincidência. Eles já estavam lá antes de chegarmos. Ao te ver, ela agiu por impulso, pedindo ao aquele homem para se aproximar de você, injetar aquela substância e te levar para fora do bar."

"Eles costumam frequentar lugares como bares e boates, não era a primeira vez que faziam algo assim."

"Sempre que viam uma garota bonita que lhes interessava, usavam esse método para levá-la embora."

"A droga fazia com que a vítima ficasse paralisada e sem conseguir falar em pouco tempo, impedindo que pedisse ajuda."

"Em locais como bares e boates, é comum alguém embriagado ser levado por amigos, então eles sempre conseguiam o que queriam."

"Após conseguirem, eles se envolviam com a garota e tiravam fotos e vídeos comprometedores, ameaçando-a para que não fizesse denúncias."

"Até agora, das cinco garotas que caíram em sua armadilha, nenhuma havia denunciado. Você foi a sexta vítima. Felizmente, você foi esperta e conseguiu feri-lo com uma pinça de sobrancelha, caso contrário..."

Ao imaginar o que poderia ter acontecido com Julieta nas mãos daquele homem de cabelos amarelos, seu coração se apertou, e ele não conseguiu continuar.

"Clarissa?" - Julieta ficou perplexa por alguns segundos antes de se lembrar quem era: "A meia-irmã do Evandro?"

"Sim" - Maurício confirmou com a cabeça: "É ela."

"Ela ordenou que aquele homem me atacasse?" - Julieta incrédula, arregalou os olhos: "Tudo porque eu a impedi de bater no Evandro e reagi batendo nela?"

"Exatamente! Foi isso!" - A voz de Maurício tremia com uma raiva profunda.

"Mas Clarissa, temendo que você fosse embora logo, e aproveitando o momento em que fui ao banheiro, viu uma oportunidade rara e pressionou aquele homem de cabelos amarelos a agir imediatamente."

"Aquele homem de cabelos amarelos viu que você é bonita e eu tinha me ausentado, pensou que era uma oportunidade dada pelos céus e decidiu agir."

"Ainda bem..." - Julieta virou a cabeça para olhar para a outra pinça de sobrancelha que estava sobre o criado-mudo: "Ainda bem que eu gastei um bom dinheiro para ter este aqui customizado..."

Naquele momento, ela só conseguia mover os dedos.

Ela tirou a pinça do bolso, abriu-a e, com toda a força que tinha, fez um corte naquele homem de cabelos amarelos.

"Sim! Ainda bem que você reagiu rápido!" - Maurício a abraçou, ainda assustado: "Porque você o empurrou a tempo, a seringa com a droga só injetou metade."

"Se toda a droga tivesse sido injetada, você poderia ficar viciada, e seria muito difícil se livrar."

"Mas como você o empurrou a tempo, a droga foi injetada pela metade."

"Embora isso possa causar dependência, será leve, e você se recuperará após alguns dias."

"Dependência?" - Julieta ficou um pouco nervosa: "Eu... Eu não me senti mal além de estar sem forças. Como assim vou ficar dependente?"