O Romance Entre A Senhora Rica E O Bonitão Milionário romance Capítulo 95

"Você não deveria nutrir ilusões" - disse Julieta, olhando-a friamente: "meu tio me contou que a parte da família Neves que deveria ser dada a Heitor havia sido entregue a ele quando ele tinha ido para o exterior."

"O que restou da família Neves é a propriedade conjunta do meu pai e da minha mãe."

"A parte da minha mãe é minha, e ninguém vai tocar!"

"A parte do meu pai, ele pode doar, mas definitivamente não permitirei que vá para Heitor e Beatriz! Caso contrário..."

Ela olhou para Rodrigo, falando lentamente: "Pai, eu vou te culpar. Meu tio também vai atrás de você! Você vai se arrepender."

Foi como se um balde de água fria fosse despejado sobre a cabeça de Rodrigo, e por um momento, seu sangue pareceu congelar.

Ele recuou vários passos, pálido como um fantasma, como se não reconhecesse Julieta, murmurando: "Julieta... como você pode falar assim comigo? Eu... eu sou seu pai!"

"Pai?" - Julieta riu de si mesma com desprezo: "Sim, pai! Você já contou quantas vezes a sua mãe me chamou de puta, vagabunda, bastarda, desde que eu era pequena?"

"Antes, eu sempre tentava entender a difícil posição em que você estava entre eu e ela, e não queria discutir com ela."

"Mas agora, eu simplesmente não entendo. Pai! Como homem, como pai, como você pode suportar que alguém insulte sua filha dessa maneira?"

"Mas, mas ela é minha mãe biológica!" - Rodrigo balançou a cabeça, angustiado: "Ela é uma anciã, é minha mãe! Eu não sei quantas vezes tentei persuadi-la com boas palavras, ela não escuta, o que eu posso fazer?"

"Então, você apenas assistiu enquanto ela insultava minha mãe, me insultava, certo?" - Julieta apertou os punhos, tremendo de raiva: "Eu posso deixar passar ela me insultando, mas nunca vou perdoá-la por insultar minha mãe!"

"E você? Mesmo sua esposa, sofrendo humilhações por causa dela, Heitor e Beatriz, acabando deprimida até morrer, você ainda quer ser o bom filho obediente."

"Você quer uma família amorosa com ela, seu irmão, sua cunhada, seus sobrinhos, certo?"

"Eu..." - Rodrigo tremia tanto que não conseguia falar.

Roberta foi interrompida pela taça de vinho jogada em seu rosto, gritando enquanto tentava limpar: "Sua ingrata, sua vagabunda! Você ousa atacar uma ancião, você não terá um bom fim! Rodrigo, corte relações com ela! Se você não cortar, eu vou morrer de imediato!"

"Julieta, sua avó é uma anciã, como você pode jogar vinho nela?" - Rodrigo pegou uma toalha, tentando limpar o rosto de Roberta, enquanto falava com Julieta: "Julieta, peça desculpas à sua avó. Você..."

"Papai" - Julieta interrompeu friamente: "quando minha mãe estava viva, você também fazia isso?"

"Ela insultava minha mãe, e você só a repreendia levemente. Minha mãe se rebelava, e você a reprimia com o dever de filialidade?"

Bastava ela pensar por um momento, e a vida que sua mãe levou enquanto estava viva a fazia sentir-se sufocada.

Não era de se admirar que seu tio a odiasse tanto.

Ela também sentia um ódio profundo!