O Romance Entre A Senhora Rica E O Bonitão Milionário romance Capítulo 96

Rodrigo tremeu e a toalha que segurava caiu no chão.

Ao vê-lo assim, Julieta sabia que havia acertado novamente!

Ela sentia tanto ódio quanto raiva, uma onda de emoção subia, deixando-a tonta e desapontada com o olhar que lançava a Rodrigo como nunca antes.

Sua avó a repreendia assim que a via, e seu pai a levava consigo, afastando-a da avó.

Ela sempre pensou que seu pai a amava muito, que era o melhor pai do mundo.

Mas, naquele momento, a imagem de Rodrigo como um bom marido e bom pai estava prestes a desmoronar.

"Julieta..." - a voz de Rodrigo tremia: "eu, eu..."

Ele queria dizer que não tinha escolha.

Mas será que realmente não tinha?

Soluções eram criadas pelas pessoas.

Se ele quisesse, com certeza encontraria uma solução.

Não era que ele não conseguisse encontrar uma solução, era apenas que não tinha coragem de ser duro com sua própria mãe.

Renata era gentil e compreensiva, e ele podia apaziguá-la, persuadi-la a recuar, a tolerar.

Mas sua mãe era alguém que jamais ouviria razões, não importa quanto se tentasse.

Ele não conseguia dialogar com sua mãe e não tinha coração para vê-la sofrer, então sempre cedia a ela.

Renata era sensata, entendia os argumentos, então ele sempre pedia para ela tolerar mais um pouco, ceder mais um pouco.

Até que... ela perdeu a vida.

Ele havia feito de tudo para ter Renata, mas nunca a fez feliz sequer por um dia.

Ao pensar em algo, ele se arrepiou e olhou para Antonio.

Ele não podia deixar Antonio saber que havia conquistado Renata, mas não a fez feliz!

Ele não podia perder essa face!

Antonio também o observava.

"Seu pai sofreu tanto para criá-la, e no seu coração, você só pensa na sua mãe. Como seu pai deve se sentir?"

Julieta virou-se, olhando friamente para ela: "Todos dizem que minha mãe morreu por minha causa. Minha chegada custou a vida dela."

"Agora que sei que minha mãe foi injustiçada, como posso ignorar e agir como se nada tivesse acontecido? Como posso honrar a memória da minha mãe?"

"Meus avós maternos morreram cedo, e meu tio vive isolado em uma base de pesquisa."

"Minha mãe só me tinha! Se até eu ignorar o passado dela, quem saberá das injustiças que ela sofreu?"

"Quem lutará pela justiça para ela?"

"Eu!" - Antonio de repente falou, pausadamente: "E eu..."

Ele pensou que seu coração também havia morrido ao saber da morte de Renata.

Ele já estava tão dormente que pensou que não poderia sentir mais dor.

Mas naquele momento, seu coração doía como se tivesse acabado de receber a notícia da morte de Renata.

Era uma dor quase insuportável, que lhe tirava o fôlego.