O Segredo da Assistente: Conflitos e Paixões do Advogado Rigoroso romance Capítulo 161

"Ah." Mauro Luz não escondeu sua expressão satisfeita, deu uma risada abafada e disse: "Já que o advogado Serra fez questão de vir pessoalmente, então é uma boa oportunidade para eu renunciar verbalmente. Se precisar de um documento escrito, eu posso providenciar depois. Quanto à indenização, se tiver, pode pedir ao departamento financeiro para depositar na minha conta; se não tiver, tudo bem. Afinal, mesmo que a Helé não trabalhe pelo resto da vida, eu posso sustentá-la."

Enquanto o jovem falava, Helena Guedes observava discretamente o homem estranho.

Ele era realmente bonito, como uma estrela de cinema.

Seu semblante não era ameaçador, bastante elegante e distinto, mas um tanto frio.

No entanto, por algum motivo, ela sentia medo no fundo do coração.

Talvez fosse mais complexo do que apenas medo. Ao encontrar aqueles olhos estreitos, ela queria se esconder em um buraco e também sentia uma tristeza que a fazia querer chorar.

Ela nunca havia experimentado essa sensação antes, e a ferida na parte de trás de sua cabeça começou a doer sutilmente.

Assim que franziu a testa, quase no mesmo instante, o outro se levantou de repente e se aproximou rapidamente. Helena Guedes se assustou, esquecendo a dor e recuando instintivamente.

"O que você quer fazer!" Mauro Luz estendeu os braços à frente.

O olhar frio passou dos dedos finos que seguravam a manga do jovem para os olhos redondos cheios de pavor e defesa. Ronaldo Serra finalmente percebeu que isso não era um teatro.

Essa mulher confiava plenamente na família Luz.

Em relação a ele, no entanto, sentia medo e até um pouco de repulsa.

Absurdo.

Era completamente absurdo.

Ele fechou os olhos, suspirou profundamente, observando os braços de Mauro Luz, o fogo da raiva quase incontrolável em seus olhos.

Quebrá-los levaria apenas dois segundos.

Após esses dois segundos, Helena Guedes entenderia que ele não estava brincando.

Esse inútil da família Luz, de modo algum, poderia detê-lo.

Ninguém poderia...

"Ah..."

Um som suave chegou aos seus ouvidos, e ele percebeu a expressão de dor cada vez mais intensa entre as sobrancelhas da mulher.

No corredor, à esquina, uma figura permaneceu parada lá por muito tempo.

Meio mês depois, Brasília viu a primeira neve do inverno.

Foi também nesse dia que Helena Guedes recebeu alta do hospital.

"Que tal esperarmos mais alguns dias? Com tanta neve lá fora, estou preocupado..."

"Não se preocupe, minha ferida já cicatrizou completamente. Mesmo que eu caia agora, não vai abrir." Ela balançou a cabeça, brincando.

Mauro Luz não teve escolha senão concordar: "Tudo bem, então você vai primeiro para o carro e espera lá, eu termino os procedimentos e venho."

"Certo."

Durante essa estadia no hospital, eles acabaram acumulando muitas coisas. O pequeno Mercedes de Mauro Luz simplesmente não tinha espaço suficiente, então eles alugaram uma van comercial, o que era seguro e espaçoso.

"É cinza escuro, a placa é de Brasília..."

Havia muita gente no saguão do hospital, Mauro Luz só podia chamar a atenção dela por cima da multidão.