O Segredo da Assistente: Conflitos e Paixões do Advogado Rigoroso romance Capítulo 92

"Você... o que você está fazendo?"

"Estou apenas arrumando um pouco," respondeu Helena Guedes, sem desviar o olhar de suas mãos ocupadas.

Em poucos minutos, ela já havia limpado o lixo que estava sobre a mesinha de centro e o chão, e agora estava tentando descobrir como desmontar o sofá.

Só ao se aproximar, percebeu as manchas numerosas no tecido, impossíveis de ignorar.

Planejava remover a capa do sofá e jogá-la na máquina de lavar, na esperança de apagar qualquer vestígio da noite anterior.

Mauro Luz mal podia acreditar no que via e ouvia, seu peito subia e descia em agitação, os olhos vermelhos de raiva, ele gritou: "Eu estou perguntando, o que você está fazendo de fato!"

Foi então que Helena percebeu a intensidade da sua agitação. Virou-se para ele, pensando que fosse a culpa pesando na consciência dele, e explicou, calmamente, embora sentisse o coração apertar: "Afinal, este é o dormitório da empresa, e se por acaso um colega ou um superior aparecer e ver a situação da casa, que vergonha seria. Fale baixo, não deixe os outros ouvirem, não seria bom para sua imagem..."

Enquanto falava, ela pegou um brinco caído entre as almofadas do sofá.pensando em colocá-lo de lado, mas de repente, com um gesto brusco, o brinco voou de sua mão, rolando para um lugar desconhecido.

"Não arrume! Não pegue! Você não acha isso nojento? Você não está furiosa? Você não quer me perguntar o que aconteceu ontem à noite, como você pode estar tão calma, sem sequer me repreender uma vez?!"

Ao ver Mauro Luz descontrolado, Helena ficou atônita ao ver o descontrole dele. Demorou um momento para recuperar a voz, que saiu rouca e cheia de tristeza: "Então me diga... sobre a garota de ontem à noite... foi porque você gosta dela que..."

"Eu não gosto dela!"

"Então... você resolveu tudo depois, para não deixar pegadas que possam te incriminar..."

Helena Guedes ajeitou a gola da camisa que tinha sido puxada, e quando se sentiu à uma distância segura, falou lentamente: "Desculpe."

Lá fora, a chuva aumentou, batendo ruidosamente na janela.

Mauro ergueu a cabeça rapidamente, o rosto uma mistura de surpresa e mágoa.

"Você está certo, eu realmente não sei como amar alguém. Por você, eu realmente tentei, me esforcei." Ela forçou um sorriso, amargo, "Mas foi só agora que eu percebi, eu falhei."

"Estou triste, mas acima de tudo, preocupada. Os poemas falam de amor doce e ciumento, mas por você, não sinto isso. Se eu soubesse que nosso relacionamento te deixaria tão inseguro e sofrido, eu não teria..."

Helena respirou fundo, lutando contra as lágrimas que ameaçavam cair. "Fui egoísta. Me perdoe. Devemos terminar."