O Sobrenome Dela, o Amor Dele romance Capítulo 178

— Esse é o senhor Ayala!

O senhor Ayala, inalcançável, sempre que se interessa por alguma mulher, basta um gesto para conquistá-la. Como poderia ele estar aqui, esperando ansioso uma resposta de alguém?

E ainda por cima, ficar irritado porque a pessoa não responde?

Além disso...

Ser notado pelo senhor Ayala já é uma honra para qualquer pessoa.

A outra parte deveria estar radiante de felicidade, jamais ousaria ignorar uma mensagem do senhor Ayala no WhatsApp!

Portanto, impossível — o senhor Ayala jamais estaria esperando o retorno de uma garota.

Impossível!

Os desígnios dele são misteriosos, é melhor não tentar adivinhar.

Israel Ayala sentia a cabeça confusa, mal conseguia escutar o que os subordinados diziam, tudo que via lhe incomodava. Pensou um pouco, pegou o celular novamente e, dessa vez, o Instagram já mostrava mais de 99 mensagens novas.

Israel Ayala nunca postava nada no Instagram, então, assim que publicou, recebeu uma enxurrada de comentários.

Havia elogios, bajulações, centenas de mensagens tentando agradá-lo.

Mas nenhuma era a que Israel Ayala queria ler.

Quando já ia sair do aplicativo, seus olhos se arregalaram e o coração quase parou: entre tantos comentários, avistou um avatar familiar.

Sim.

Era Úrsula Mendes.

Ela não só curtiu, como também deixou um comentário.

Israel Ayala respondeu imediatamente, os dedos tremendo: “Sim, a paisagem aqui é maravilhosa. Quando tiver tempo, venha conhecer.”

Se alguém olhasse para a tela, perceberia: havia centenas de comentários na publicação de Israel Ayala, mas ele respondeu apenas ao de Úrsula Mendes.

Após responder ao comentário de Úrsula Mendes, o semblante carregado de Israel Ayala se desfez. Ele ergueu o olhar para o secretário:

— Nill.

— Senhor Ayala, pois não. — Nill se adiantou prontamente.

Israel Ayala esboçou um leve sorriso, olhou ao redor da obra e declarou:

— Este mês, todos trabalharam duro. Mande o financeiro depositar um bônus extra de mil reais para cada um.

— O quê???

Diante dessa reviravolta, Nill quase não conseguiu reagir.

Um bônus?

O senhor Ayala estava falando sério?

Há pouco, ele parecia de péssimo humor, criticando vários funcionários.

E, de repente, decidiu dar bônus a todos!

Será que ele não estava sonhando?

Nill engoliu em seco, inseguro, perguntou:

— Senhor Ayala, o senhor está dizendo para dar mil reais de bônus para todos os trabalhadores este mês?

— Sim — confirmou Israel Ayala com um aceno.

Nill ficou ainda mais surpreso!

Meu Deus!

Ele ouviu direito?

E mais: o senhor Ayala sorriu para ele.

Em todos esses anos de trabalho, era a primeira vez que via o senhor Ayala sorrir para si.

Ainda bem que Nill não era mulher.

Se fosse, até pensaria que o senhor Ayala estava interessado nele!

— Claro, senhor.

A vendedora apressou-se para preparar o pacote.

Israel Ayala então perguntou:

— Vocês, mulheres, gostam tanto assim de bolsas?

Apesar do tom frio, a beleza impecável de Israel Ayala, com seus traços marcantes e olhos profundos, fez a vendedora corar e ficar nervosa.

Será que... será que ele estava interessado nela?

Por que mais perguntaria se ela gostava de bolsas?

Será que ele compraria uma para presenteá-la?

Sim, com certeza era isso.

O coração da vendedora disparou.

Trabalhar nesse ramo era a melhor forma de conhecer gente do alto escalão, muitas colegas já tinham se casado com empresários ou, no mínimo, se tornado amantes de homens ricos.

Pelo jeito de Israel Ayala, ele só podia ser um figurão.

Gente comum não anda por aí com três assistentes.

Ela então olhou para os três assistentes atrás de Israel Ayala.

Será que estava prestes a se tornar uma senhora da alta sociedade?

Quanto mais pensava, mais empolgada ficava. Olhou para Israel Ayala, encantada:

— É verdade, senhor. Porque bolsa resolve qualquer problema! Eu mesma adoro colecionar bolsas de todos os tipos.

Bolsa resolve qualquer problema.

Israel Ayala se lembrou de ter lido isso em algum livro.

— Então, essa, essa e aquela ali também — apontou para uma fileira de bolsas à sua frente, falando baixo e firme —, pode embrulhar todas para mim!