O Sobrenome Dela, o Amor Dele romance Capítulo 486

Ao pensar nisso, Simone Aguilera se levantou do chão, lançou um olhar furioso para os dois seguranças e cuspiu:

— Bah! Dois covardes que só têm coragem porque estão protegidos!

Na cabeça dela, assim que se casasse com Calel Solano, a primeira coisa que faria seria demitir esses dois seguranças.

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Família Gomes.

Desde que Simone Aguilera foi expulsa, Calel Solano não conseguia se acalmar. Não importava o que fizesse, sua mente estava tomada por uma inquietação constante.

Bastava ele se sentar, que as palavras de Simone Aguilera ecoavam em seus ouvidos.

— Não se esqueça, se não fosse por mim, você não seria quem é hoje! Calel Solano, você não tem coração, é ingrato!

Ploc!

Calel Solano largou a caneta com que analisava alguns documentos, pegou o celular sobre a mesa, abriu o WhatsApp de Simone Aguilera e se preparou para ligar para ela.

No exato momento em que estava prestes a fazer a ligação...

Toc, toc, toc.

Ouviu-se uma batida na porta do escritório.

— Pode entrar.

Calel Solano largou o celular.

Ploc.

Logo, a porta foi aberta do lado de fora.

Em seguida, Úrsula Mendes entrou.

— Ami.

Calel Solano sorriu e levantou os olhos para ela.

Úrsula Mendes se aproximou.

— Calel, preparei um café para você, experimente.

Calel Solano pareceu surpreso.

— Ami, você sabe fazer café?

— Aprendi porque gosto, então resolvi me dedicar um pouco — explicou Úrsula Mendes.

Calel Solano pegou a xícara e tomou um gole. Imediatamente, uma expressão de surpresa surgiu em seu rosto.

— Está delicioso!

Ele pensava que seria apenas um café comum com leite.

Não esperava que a habilidade de Úrsula Mendes fosse tão boa.

Úrsula Mendes sentou-se em frente a Calel Solano.

— Calel, você e Simone Aguilera... vocês não parecem ser apenas um casal comum, certo?

Úrsula Mendes não gostava de rodeios.

— Ela salvou sua vida? — Úrsula Mendes, por algum motivo, sentiu que a história se tornava mais intrigante a partir desse ponto. Perguntou em seguida: — Calel, pode me contar como tudo aconteceu?

— Claro — respondeu Calel Solano, assentindo com a cabeça e relatando calmamente: — Foi há um ano. Eu tinha combinado com alguns amigos de fazer mergulho nas Maldivas. Quando nadei um pouco mais longe da costa, minha perna começou a ter uma cãibra. De repente, perdi os sentidos no mar. Quando acordei, vi Simone. Foi ela quem me trouxe de volta. Sem ela, eu não estaria aqui.

— Naquele acidente, perdi também o pingente de ouro que minha avó deu a cada um de nós para proteção. Minha mãe sempre diz que foi o pingente que me protegeu, mas, na verdade, quem me salvou foi Simone.

Nesse momento, Calel Solano se mostrava dividido.

Por um lado, sabia que o caráter de Simone Aguilera deixava a desejar.

Por outro, a gratidão pela vida salva era real.

Calel Solano suspirou e olhou para Úrsula Mendes.

— Ami, você sabia? Depois de me salvar, Simone nunca se aproveitou disso. Pelo contrário, me pediu para não contar a ninguém, dizendo que não era nada demais. Por isso, fico sem entender como uma garota tão desprendida e generosa pode... pode...

No final, ele soltou mais um suspiro pesado.

Mas Úrsula Mendes percebeu algo diferente nisso tudo.

— Calel, preciso confirmar uma coisa. Você só viu Simone Aguilera depois de acordar, certo? Você lembra do momento em que foi salvo?

Calel Solano balançou a cabeça.

— Eu havia desmaiado, não me lembro de nada, só do que aconteceu depois que acordei.

Úrsula Mendes analisou a situação com seriedade:

— Calel, já pensou na possibilidade de, como naquele conto de fadas “A Sereiazinha”, quem te salvou tenha sido alguém diferente, e você apenas achou que foi a Simone Aguilera?