Capítulo 14
Alicia Rogers narrando
Eu coloco uma camiseta dele e a minha calcinha e vou até a tela onde ele tinha já feito a metade do desenho.
- Esconda isso, não deixe ninguém ver – eu falo.
- Essa tela será sua – ele fala.
Eu fico encarando o que tinha pintado já, era o meu rosto e a metade do meu corpo.
- Se Jonas descobrir isso, ele me mata – eu falo – já estou atrasada de mais.
- Relaxa – ele fala – Jonas não voltará tão cedo para casa.
-Como você sabe? – eu pergunto
- Tenho acesso as câmeras do escritório – ele fala pegando seu celular e me mostrando Jonas com várias pessoas em uma sala de reunião – a reunião acabou de começar.
- Eu preciso ir – eu falo – obrigada .
- Você precisa retornar – ele fala – quem sabe amanhã de manhã? Jonas vai fazer uma viagem para cidade vizinha e volta so no outro dia.
- Ele vai? – eu pergunto.
- Ele não te disse nada? – ele questiona.
- Não – eu falo
- Você não viaja com ele? – ele pergunta – achei até que você poderia ir junto, mas vi que no embarque está só ele.
- Pode ter certeza que sozinho ele não vai ficar – eu respondo e vejo a merda que falei e ele me encara – deve encontrar alguma pessoa importante de negócios.
- Se eu tivesse uma mulher como você ao meu lado, eu não procuraria outra – ele fala – você é linda e parece ser uma pessoa maravilhosa de conviver, uma pena que seu marido não te valorize.
- Infelizmente Jonas prioriza suas empresas e não a sua família – eu falo.
- Mas ele é apegado com a filha de vocês – ele fala – desculpa, mas eu observei muito as coisas nesses dias que estou lá.
- A minha vida e meu casamento não são fáceis, é isso que você queria ouvir? – eu pergunto – faz muito tempo que eu não sei o que é ser feliz.
- Eu sinto muito por isso – ele fala – eu não queria te magoar e fazer você ficar triste. – meus olhos já estão cheio de lagrimas.
- Está tudo bem – eu falo.
- Quando você quiser vir até aqui, se te faz bem, você pode vir quantas vezes você quiser – ele fala – pode me ver como um amigo,
- Obrigada – eu respondo – eu preciso ir.
- Até amanhã então? – ele pergunta.
- Até – eu respondo dando um leve sorriso.
Eu saio da galeria e vou até o hospital e no caminho vou pensando em tudo, pela primeira vez em oito anos eu tinha me sentindo diferente , sem ser humilhada , feia e diversas outras coisas que Jonas me fazia me sentir todos esses anos.
Eu converso com o médico que me diz que a situação do meu pai ainda continua a mesma e que seria difícil um dia ele acordar, eu me sento ao seu lado.
- Papai as coisas são tão difíceis sem você – eu falo pegando na sua mão – eu sei o que o senhor está me ouvindo e tudo que eu queria era um abraço do senhor, um conselho, um café quente antes de dormir, do senhor mandando que eu me cuidasse. Eu queria você aqui comigo,conhecendo a sua neta, brincando com ela. Ela ama você de mais sem ao menos o conhecer, imagina se ela realmente conhecesse você , você se apaixonaria por ela e ela por você.
Eu olho para ele esperando uma resposta e não tenho, ele era tudo que eu tinha além da Maria Alice.
Meu celular toca e era Jonas.
- Oi? – eu falo assim que atendo.
- Você está onde, Pedro acabou de dizer que Ana teve que te deixar para ir ao veterinário – ele diz nervoso.
- No hospital, passei o dia aqui. Eu estou indo buscar Maria Alice no balé – eu falo.
- Ah, claro – ele fala – te espero em casa, estou saindo daqui.
- Ok – eu respondo e desligo a chamada.
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