O Supremo. romance Capítulo 87

Rafael

Sinceramente Yasmin me leva a loucura assim como Ana já levou Rafael à loucura e eu sinceramente nunca estive com Yasmin da sua forma verdadeira, Yasmin e eu estamos juntos como companheiros pela primeira vez, quando eu estive com ela dá primeira vez que nos vimos éramos rivais e ela era casada com o cara que eu tinha que matar, o que os outros sabem é que nos odiávamos desde sempre, mas como toda história clichê por mais que eu odeio admitir ou talvez não, a gente nem sempre teve esse ódio eterno muito pelo contrário, nunca nos falamos desde a terceira vez que estivemos juntos.

Quando eu era prisioneiro no castelo onde ela trabalhava nós estivemos juntos e naquela noite nós tivemos nossa primeira noite juntos, de repente ela me pediu para jurar que estaríamos juntos para sempre e eu não pude fazer isso já que provavelmente iria morrer no dia seguinte, já que não pude jurar amor eterno ela me jurou todo ódio em seu coração e por anos ela me mata cada vez que eu estou no corpo de alguém, se eu estou aqui a Deusa da Lua está de SACANAGEM com a minha cara, mas eu confesso que lá no fundo não consigo conter a minha alegria.

Yasmin – Vai me ensinar o que sabe ou vai ficar aí sentado olhando para o chão? – Ela suspira se aquecendo.

- Temos algumas coisas para resolver antes de lutar não acha? – Ela me observa e desvia seus olhos dos meus voltando a se alongar.

Yasmin – Não, eu não acho. – Se vira para mim. – O que aconteceu em nosso passado ficou lá. – Se senta em uma rocha a minha frente alongando as pernas.

- Eu concordaria se não estivéssemos juntos no passado. – Ela me olha e suspira. – Eu sei que você lembra de tudo. – Observo seus olhos ficarem marejados.

Yasmin – Não vamos voltar aquele tempo, por favor. – Nego.

- Yasmin, o que você me esconde? Eu preciso saber. – Ela abaixa a cabeça voltando a se alongar. – Eu sei que não poderíamos ter ficado juntos naquela época porque eu iria morrer, mas não quer dizer que não queria ter ficado com você. – Ela suspira pesado.

Yasmin – Quer mesmo saber o que aconteceu naquela época? – Assinto e ela vem até mim me deixando confuso, ela suspira e me olha nos olhos. – Você havia morrido e eu vivi mais alguns anos, eu nunca tive a oportunidade de te dizer nada do que havia acontecido comigo. – A observo esperando-a continuar. – Depois daquela noite que estivemos juntos e da sua morte, alguns dias depois descobri que estava grávida que no corpo em que eu estava eu esperava um bebê. – Arregalo os olhos.

- Você... Meu filho?... O que houve? – Ela se contém para não derramar uma gota de lágrima em minha frente.

Yasmin – Eu tive um filho. – Ela sorri amargurada. – Calvin. – Suas mãos começam a suar frio. – Ele era a sua cara, era você em todo jeitinho, quando eu olhava para ele era impossível não ver você em minha mente, mas eu o vi crescer até os dois anos e tive que me separar dele o mandando para outra família. – Ela suspira. – Descobriram que eu me envolvi com você queriam me matar e matar meu filho, então eu o coloquei na porta de uma família muito gentil que o criou muito bem pelo jeito, mas eu não pude acompanhar, eles me prenderam em uma estaca grande de madeira e me queimaram viva. – Seguro em seu rosto a olhando nos olhos.

- Você sabe como ele ficou quando você assumiu outro corpo? – Ela nega.

Yasmin – Eu não tenho a menor ideia e nunca mais o encontrei, morri tentando achar ele e não achei aí eu me encontro nesse corpo, mas eu suponho que nosso filho tenha morrido porque antigamente eu fui ao cemitério e achei sua lapide. – Ela retira minhas mãos de seu rosto e enxuga suas lágrimas. – Espero que ele tenha pelo menos vivido de forma justa para morrer tão cedo. – Suspiro.

- Eu não sabia, se eu soubesse não deixaria você passar por tudo isso sozinha. – Junto minha testa com ela. – Me desculpe por tudo Yasmin, eu deveria ter voltado e ido a sua procura. – Ela nega.

Yasmin – Eu sei que você não quis dizer isso naquela época, mas eu amava tanto meu filho que descontei tudo em você por mais que eu saiba que não teve culpa, você me lembra muito ele. – Sorrio.

- Quer dizer que meu filho era muito lindo. – Ela revira os olhos.

Yasmin – Acho que isso não importa muito agora. – Assinto.

- Quer dizer que aceita as minhas desculpas? – Ela nega.

Yasmin – Não, eu ainda não estou superando esse negócio de ser sua companheira. – Ela se afasta, mas eu a agarro pela cintura a trazendo para mim colando nossos corpos, sinto sua respiração ofegante em meu rosto.

- Sabe qual é a dádiva que eu tenho sendo seu companheiro? – Ela nega olhando para os meus lábios. – Que eu posso ter você em qualquer momento assim como você me tem, o que eu não fiz no passado eu posso fazer agora que é jurar te amar enquanto estiver com você todos os dias. – Ela sorri.

Yasmin – Vida nova, Rafael. – Ela olha em meus olhos. – Não te pedi para jurar nada nessa vida, agora você pode me soltar. – Ela tenta sair dos meus braços.

- Do jeito que eu estou eu não solto nada que é meu.

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