O tio do marido vem me seduzindo romance Capítulo 42

Logo, ela recebeu alta.

Após ser humilhado por Gabriela, bateu a porta com a raiva que estava guardada nele.

Após sair do hospital, Gabriela não voltou para o Condomínio Belo pois não queria ver o rosto nojento de Lúcio novamente. Então ela pegou um táxi de volta para casa dos pais dela, fez charme pois queria o carinho da mãe em sua recuperação.

Gisela estava preocupada demais com sua filha, nem mesmo queria culpá-la por seu capricho.

Agora, deitada na cama que usava antes de se casar, Gabriela se sentia muito mais confortável.

Sandro chegou cedo nesta tarde e, quando viu sua menininha, a puxou para seus braços e cuidou dela.

Disse, preocupado:

- Está mais magra.

Gabriela não tinha como argumentar:

- Papai, não exagera, fiquei hospitalizada por apenas uma noite, como que eu perdi peso?

- Eu disse que você está mais magra, você está mais magra. Sua mãe vai fazer uma sopinha para repor as energias hoje à noite.

- Ótimo, como você quiser.

Papai estava preocupado com ela e Gabriela não insistiria em contrariar as suas palavras.

Gabriela estava sob o olhar cuidadoso de Sandro e Gisela enquanto jantava uma enorme tigela de sopa, comeu mais do que de costume. Ficou tão cheia que não conseguia pegar no sono.

- Não tem jeito, preciso caminhar para digerir a comida.

Gabriela virou de um lado para o outro na cama, sem dormir, só que resolveu levantar e caminhar para fazer a digestão.

Era tarde, temia acordar Sandro e Gisela. Precisou caminhar de forma leve, abrindo a porta com cuidado para não fazer barulho.

O carpete do corredor ajudava a reduzir o som dos passos.

O quarto de Gabriela ficava no segundo andar, depois do escritório de Sandro.

O quê? Há uma luz acesa?

Gabriela parecia desconfiada, já passava das onze horas, por que tinha uma luz acesa no escritório do papai?

Ela foi até lá e percebeu que a porta não estava fechada, o que deixava a luz passar.

Ouviu a voz de Sandro lá de dentro.

- Tudo estava normal, pode ficar aliviado enquanto o projeto continuar. Mas agora, com essa nova política, não temos como continuar com o projeto e a cadeia de capital não pode ser continuada. O banco não está disposto a fazer o empréstimo, a não ser que alguém nos dê a garantia.

Pela sua voz, Sandro parecia cansado, o que deixou Gabriela preocupada.

Será que algo aconteceu com a empresa de novo?

Mas que azar!

Gabriela cerrou as mãos, preocupada, continuou ouvindo a conversa.

Decidiu voltar para seu quarto antes que Sandro pudesse perceber. A descontração havia se perdido.

Já era quase de manhã quando Gabriela pegou no sono, além de que não dormiu bem devido a diversos pesadelos.

- Ah!

Gabriela abriu os olhos e se sentou, ofegante.

Ela tinha sonhado que o Grupo Rocha estava falido, que a saúde de Gisela havia piorado, e que Sandro tinha sido internado por uma fadiga acumulada... Tudo no sonho era tão real que, mesmo após acordar, Gabriela ainda sentia medo.

- Gabriela, o que aconteceu? - Gisela já estava vindo acordar a filha quando ouviu o grito, o que a deixou afetada.

- Nada, não, só tive um pesadelo.

Gabriela mal deu um sorriso, estava aflita de ter visto a mãe doente no sonho.

Ela nunca deixaria isso acontecer.

- Tudo bem, você realmente me assustou.

- Me desculpe por te preocupar, mamãe.

- Ok, levante-se, mamãe fez um café da manhã para você.

- Onde está o papai?

Gabriela perguntou, escondendo a preocupação e fingindo estar relaxada.

- Estava com pressa e foi para o escritório logo de manhã. Ele parecia estar muito sério, não sei se aconteceu alguma coisa.

- Não deve ser nada, não pense muito nisso, mamãe.

Gabriela tentou animá-la logo, não queria preocupar sua mãe com isso por causa de sua saúde.

- Ótimo, lave o seu rosto e desça para o café.

- Pode deixar.

O café da manhã estava delicioso, mas Gabriela parecia distraída.

Gisela achou que sua filha não estava com fome porque ainda não tinha se recuperado completamente.

Após a refeição, Gabriela decidiu ir ao trabalho.

- Você não está bem, não tem motivo para ir trabalhar.

- Mãe, eu estou bem, de verdade. Olhe para mim, eu estou forte e saudável como sempre.

Gabriela fez uma pose de marombeiro, o que fez Gisela cair na gargalhada.

- Mesmo casada, você ainda é muito ousada.

- Qual o problema em estar casada? Continuo sendo a menininha da mamãe.

- Sem vergonha.

Gisela fez uma careta para Gabriela, mas ela não teve medo. Após deixar Gisela feliz, comentou novamente sobre ir para o trabalho. Dessa vez, sua mãe não a questionou, somente disse para não exagerar trabalhar.

Não podia dirigir, então o motorista da família a levou para empresa.

Quando ela chegou ao Grupo Rocha, Gabriela foi direto ao escritório do presidente para encontrar Sandro.

- Gabriela, o que você está fazendo aqui no trabalho, você não está de licença?

Sandro desaprovou a presença de Gabriela na empresa.

- Pai, está tudo bem, eu estou quase bem.

Gabriela foi até Sandro e o puxou para sentar no sofá. Se encararam, ela estava muito séria.

- Pai, eu quero ajudá-lo, quero ajudar a empresa. Você realmente não tem que esconder isso de mim, eu sou uma adulta agora. Se a empresa precisa de um fiador, eu falarei com Lúcio.

Foi o que Gabriela pensava na última noite, depois de considerar bastante.

Lúcio não seria a única escolha, mas seria bom pedir a ajuda dele para manter as aparências e não deixar que Sandro e Gisela desconfiassem o que estava acontecendo no relacionamento deles.

Eles são um casal. Era normal ir até ele para pedir ajuda.

- Como você sabe disso?

- Me desculpe, papai, eu ouvi você falando disso no celular na noite passada. - Gabriela parecia determinada e disse -, eu quero ajudar, o Grupo Rocha é o seu coração e alma, e eu não quero que isso seja arruinado.

Sandro suspirou e pegou no braço dela.

- Papai não queria que você se envolvesse nisso, sabe por quê?

Gabriela mordeu o lábio e sorriu, é claro que ela sabia.

- Eu sei, pai, não quer que o nosso casamento envolva nos interesses da empresa. Você não quer que eu seja o elo frágil da Família Barreto para que isso não prejudique meu futuro, sei de tudo isso. Mas papai, você se importa comigo, e eu me importo com você também.

De qualquer forma, o relacionamento dela com Lúcio já estava horrível do jeito que estava, tinha como isso piorar?

Ela tinha certeza que, mesmo se Lúcio a odiasse, ele faria este favor.

- Perdoe o papai ter trazido esse problema para você.

- Não diga isso, papai, eu sou sua filha. Somos uma família, ajudar a família não é problema nenhum.

- Sim, o papai está errado, peço desculpas.

Sandro olhou de relance para sua filha com alívio em seus olhos. Parecia que, mesmo quando eles não estivessem mais aqui, sua filha viveria bem.

Apesar de estar tão determinada lá no escritório de Sandro, ela não poderia fazer nada até que pedisse a ajuda de Lúcio.

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